quinta-feira, 13 de março de 2014

Capitulo 6 - Malfeito, feito o retorno do animago (incomplento)



Capitulo 6 – Presságios de morte

Depois da inusitada vista do Dementador a cabine, o tempo passara mais rapidamente e antes que Rose percebe-se já estava desembarcando na estação de Hogsmead. Calmamente a jovem caminha em direção as carruagem que os levariam ate Hogwarts, a menina não estranhava mais os esquisitos cavalos que puxavam a carruagem e que ninguém mais, além dela mesma e o irmão viam. Rose estava mais concentrada em querer lembrar onde conhecia a jovem de longos cabelos vermelhos e intensos olhos verdes que surgir não se sabe de onde em sua mente no exato momento que vira o Dementador que mal percebera a confusão que estava a sua volta.

- Cala boca seu imbecil. – grita Harry sendo contido por Ron e Neville.

Ao encarar a confusão Rose percebe que Harry e Draco discutiam por algo que a jovem não sabia exatamente mais ao escutar as palavras de Draco compreendeu o porquê da briga.

- Então desmaiou por causa de um dementadorzinho?! Como você e fraco Potter, não e possível que nem uma coisinha daquela lhe de tanto medo. – desdenha Draco rindo enquanto Crabbe e Goyle riam de forma forçada acompanhando o líder da gangue slytherin.

- Você e um idiota Malfoy, tenho certeza que os dementadores também te assustaram. – exclama Hermione irritada com o jovem.

- Ninguém pediu a sua opinião, sangue ruim. – comenta Draco cuspindo no chão após ofender Hermione.

- Como ousa chamar ela assim. – grita Ron indo para cima de Draco que prontamente se esconde atrás de seus capangas.

Rose que assistia a tudo muda, não conseguia entender como Draco poderia ser assim tão diferente. Estando com ela, o jovem Malfoy era doce, carinhoso, divertido e inteligente. Com as outras pessoas ele mostrava a sua verdadeira face, um Draco arrogante, superficial e idiota que pensava que por ter sangue puro era melhor do que os outros. A jovem Potter não entendia como isso era possível, parecia que existiam dois Dracos em um só corpo.

Vendo que a briga entre os grupos não terminava Rose resolve interferir e assim por fim a confusão.

- CHEGA!!! – grita a menina ao ver os grupos atracados.

Ron e Electra estavam em cima de Goyle lhe socando todos os pontos do corpo possível. Enquanto Neville e Hermione tentando lutar contra Crabbe que não movia um único passo mesmo levando vários chutes, e socos no estomago, o jovem parecia não sentir nada. Harry e Draco estavam atracados dando socos um no outro de forma furiosa parecia que ambos queriam se matar o mais rapidamente possível. Os oitos jovens estavam completamente descompostos, roupas fora do lugar, cabelos desarrumados.

Da boca de Neville escorria um filete de sangue, assim como em Draco que também estava com o olho esquerdo meio avermelhado devido um soco dado por Harry. Electra e Hermione estavam com os cabelos em pé como se tivessem acabado de tomar um choque de 5.000volts, Ron estava com a boca ensanguentada devido a um soco dado por Electra em Goyle que acabou errando o alvo. Os capangas de Draco estavam num estado igual ou ate pior que os dos amigos de Rose; Goyle estava do os dois olhos vermelhos e cuspia sangue, a jovem Potter vira o rapaz cuspir dois dentes em meio ao sangue. Enquanto Crabbe estava tentando inutilmente ficar de pé, após a sensação pancadaria o jovem perdera a posse de inabalável e agora demonstrava através da sua tontura iminente o quanto tinha sido machucado, o gorila-slytherin estava curvado contra o abdômen tentando fazer pressão em alguns machucados que lhe importunava, sua camisa azul-escura estava com diversas manchas de terra, grama e duas pequenas manchas de sangue mostrado que Neville e Hermione o machucaram verdadeiramente.

Rose fica chateada com o que estavam vendo, mais seus olhos ainda estavam em Harry, o garoto e estava curvado contra o próprio corpo, os dedos quase tocando o chão, a menina olha apreensiva para o irmão, mais antes que conseguisse perguntar o que Harry estava sentindo o jovem cai no chão desmaiado.

- HARRY!! – grita Rose correndo em direção ao irmão caído no chão úmido.

O grupo que assistia a cena rapidamente reagia ao ocorrido, Ron, Electra, Neville e Hermione se postaram ao lado de Rose que estava em desespero tentando acordar o irmão. Enquanto o trio slytherin sai de mansinho como se nada tivesse presenciado.

- Harry, acorda. Por favor, acorda Harry, não me deixa aqui sozinha você prometeu que nunca iria me abandonar. Acorda. – pedi Rose em desespero em meio a lagrimas por ver seu irmão desmaiado.

- Ele esta gelado. – comenta Neville pegando o pulso do amigo.

- Será que ele morreu? – pergunta Ron de forma temerosa.

- Cala a boca Weasley, Harry não morreu, ele está apenas desmaiado. – grita Electra querendo verdadeiramente acreditar que o namorado estava vivo.

- Vou procurar por socorro, quem sabe Hagrid ainda não tenha embarcado todos os alunos do primeiro ano. – fala Hermione correndo em direção oposta a do castelo.

Rose que senta no chão e coloca a cabeça do irmão sobre o colo enquanto acariciava os cabelos negros de Harry. A menina estava com medo de que o pior tivesse acontecido, Rose não sabia exatamente o que ocasionara o súbito desmaio de Harry, mais já se culpava por isso, pois se ela tivesse intervindo antes naquela briga, o garoto poderia esta agora aos cuidados de Madame Pomfrey na ala hospitalar de Hogwarts.

Em pouco tempo Hermione retornou acompanhada pelo bruxo que estava a pouco com eles na cabine do trem, sem nenhuma cerimônia o velho bruxo pega Harry no colo e o leva ate a ultima carruagem que os esperava há alguns minutos. Rapidamente o novo professor e o grupo de alunos seguem ate o castelo de Hogwarts aonde são recebidos por Madame Pomfrey e a professora McGonagall.

(...)

- Recebemos a sua coruja, Remus, o que houve? – pergunta Minerva preocupada ao ver o jovem desmaiado.

- Não sei explicar exatamente o que houve Minerva, mas ainda a pouco esse jovem fora atacado por um dementador. Assim como aquela mocinha ali, e a outra que desmaiou logo após o surgimento daquela criatura em nossa cabine. – explica o professor apontando para Rose e Electra respectivamente. – Como precaução dei lhes um pedaço de chocolate para cada um.

- Então quer dizer que acertamos dessa vez. – questiona Madame Pomfrey que havia ficado calada durante toda a conversa. – Um professor de Defesa Contras as Artes das Trevas, que sabe como se agir quando as trevas o atacam. – comenta a velha enfermeira sorrindo para o novo professor.

- Acho que sim. – responde Lupin sem jeito, depositando Harry sobre um dos leitos.

- Obrigado por trazê-lo professor agora deixe-o comigo. – pede a velha enfermeira indo verificar a pressão de Harry e seus machucados.

A enfermeira começa a examinar Harry e os outros com o máximo de cuidado. Ron teve que levar três pontos no lábio inferior na parte esquerda devido ao soco dado por Electra, Neville não teve nenhum dano a não ser a boca levemente inchada Electra e Hermione estava em perfeito estado.

- Pronto crianças, já estão liberado para irem embora. – comenta Madame Pomfrey dando um pequeno sorriso para os três bruxinhos a sua frente.

- Weasley, Granger e Longbottom podem se retirar, pois pelo que eu ouvi os três não sofreram nenhum ataque grave. – pede Minerva se encaminhando para saída da ala hospitalar.

Após a saída a professora o três a seguiram de perto deixando apenas os gêmeos e Electra na enfermaria junto com Madame Pomfrey. A jovem Black após ser examinada foi liberada pela enfermeira com uma expressão de alivio ao ver a menina cruzar a porta. Rose olhou para as duas e prendeu o riso ao imaginar o que a amiga havia aprontado para a enfermeira fazer aquela cara.

- Como ele esta? – pergunta Rose preocupada ao ver que Harry permanece desacordado.

- Não se preocupe querida, ele está bem. Esta apenas dormindo, seu irmão fui muito forte, poucas pessoas enfrentam um dementador de frente e permanece de pé para uma luta. – comenta a velha bruxa acariciando os cabelos negros de Rose.

- Mais ele ainda não acordou. – questiona a menina ainda descrente na melhora do irmão.

- Após examiná-lo, ministrei uma pequena dose de poção do sono para que seu irmão pudesse descansar e se recuperar melhor dos ferimentos, por esse motivo que ele continua dormindo. – explica a enfermeira docemente.

- Que bom, agora finalmente me sinto aliviada, ele vai dormir aqui essa noite? – pergunta Rose curiosa.

- Claro que sim, e aconselho que você também deve passar a noite aqui. Ainda não compreendi como a senhorita esta de pé ate agora. Não só o professor Lupin quanto o seu amigos me confirmaram que vocês dois estavam de frente para o dementador. E ate agora você esta de pé em perfeito estado. – questiona Madame Pomfrey tentando achar uma resposta plausível para Rose ainda esta de pé após toda a confusão.

- Acho que sou mais forte que ele. – brinca Rose apontando para o irmão que dormia em sono solto.

- Quem sabe, mais agora e melhor a senhorita descansar. – fala Madame Pomfrey terminando de arrumar o leito ao lado do de Harry.

- Boa noite Madame Pomfrey. – fala Rose educadamente, se deitando na cama preparada pra ela.

- Boa noite querida, e bons sonhos. Amanha cedinho eu venho ver como vocês dois estão. – comenta a enfermeira dando as costas.

Rose aproveita que a velha bruxa a deixou sozinha na enfermaria e se levanta da cama indo deitar ao lado do irmão. Harry estava com um rosto sereno como se tivesse tendo o melhor sonho de toda a sua vida, a jovem Potter fica velando o sono do irmão por tanto tempo que não nota a estranha luz que adentra a ala hospitalar. Um vulto translúcido e extremamente brilhante vinha se aproximando da cama dos gêmeos.

Ao para nos pés do leito o vulto gradativamente fui tomando uma forma humana. Rose continuava a velar o sono do irmão quando sentiu a estranha sensação de estar sendo observada, ao olhar para onde a origem da sensação vinha à jovem se depara com a mesma mulher que estavam atormentando a sua mente. A menina arregala os olhos ao ver a jovem parada aos pés da cama, e estranha o fato de não ter escutado a sua aproximação e muito menos as reclamações de Madame Pomfrey de por alguém visitar a ala hospitalar sem a sua permissão.

O jovem permanecia a fitando os gêmeos de uma forma terna, e ao ver Rose a analisando abre um pequeno sorriso. O que fez a pequena Potter sentir um calor no peito como se aquela mulher fosse alguém muito importante para ela.

- Quem e você? – pergunta Rose ainda confusa em não se lembrar de onde conhecia aquela jovem.

A moça demonstrar tristeza ao ouvir aquela pergunta a nada diz, Rose olha uma estranha lágrima prateada rola o rosto da garota e sente uma enorme necessidade de secá-la e dizer que ela não precisava chora. Era estranho mais a jovem Potter queria se aproximar da estranha desconhecida que lhe era tão família.

- Eu lhe conheço de alguém lugar, só não consigo lembra onde. – questiona Rose encarando fixamente a moça.

- Deixe suas lembranças e seu coração falarem e saberá quem sou. – explica a jovem de forma doce e sussurrada.

Rose arregala os olhos ao escutar aquela voz, e encara novamente a bruxa a sua frente. E só então percebe o quão tola havia sido não era preciso ser nenhum gênio ou adivinho para saber que aquela a sua frente era ninguém menos que Lily Potter, sua amada mãe. Se culpando por ter feito a mesma chorar Rose sai da cama num pulo e vai em direção a Lily para abraçá-la.

- MAMÃE!? – questiona Rose ainda duvidosa, enquanto enterrava o rosto no peito de Lily.

- Minha querida!! E tão boa vê-la novamente. – exclama Lily beijando o topo da cabeça de Rose.

- Eu senti tanto a sua falta, queria tanto que a senhora estivesse aqui. – fala Rose entre lagrimas, soltando um choro não contido pela saudade.

- Eu estou aqui querida, sempre estive. Não a um só dia que eu não vê-lhe por você e seu irmão. – comenta Lily consolando Rose que chorava compulsivamente.

- Tenho tanta coisa que eu queria lhe contar, tantas coisas que eu queria que a senhora me explica-se, tinha vezes eu queria apenas lhe abraçar e sentir que sou amada de verdade. – fala Rose mais calma secando as lagrimas.

- Eu sei querida, mais não precisa se sentir assim. Mesmo sem seu pai e eu aqui para protegê-la, você e muito amada, não sou pelo seu irmão que e capaz de tudo por você. Como também por seus amigos e outras pessoas que lhe querem bem. – explica Lily encarando a filha pela primeira vez após o abraço.

- Mais eu queria que a senhora estivesse aqui, a senhora e o papai fazem muita falta. – comenta Rose encarando os olhos verdes exatamente iguais aos seus.

- Mais infelizmente não estamos. Mais não quer dizer que lhe abandonamos, tanto eu quanto seu pai estamos sempre aqui com vocês. – explica Lily colocando a mão sobre o coração de Rose.

Rose abraça Lily novamente aproveitando ao máximo esse momento com a mãe. A menina não tinha a menor noção do que era aquilo. Se era real, uma alucinação ou apenas um sonho. Rose estava tão feliz em ter Lily tão perto, pelo menos dessa uma vez que não se importava com mais nada além da gaiola formada pelos braços protetores de sua mãe. A jovem estava tão presa aquele momento que só percebe que ele esta no fim quando escuta alguém lhe chamar.

‘Rose’ – chama uma voz familiar a qual Rose não sabe de onde vem.

- Eu preciso ir. – anuncia Lily com um semblante triste, enquanto dava um último beijo no topo da cabeça da filha.

- Quando eu vou lhe ver de novo? – pergunta a menina triste por seu encontro esta próximo do fim.

- Em breve. – comenta Lily sorrindo dando as costas para Rose e caminhando em direção à porta da ala hospitalar.

Do mesmo modo como havia surgindo, Lily foi se desfazendo em formando uma indefinida nevoa translúcida e brilhante que ao atravessar a porta da enfermaria desapareceu.

‘Rose’ – chama a mesma voz que havia interrompido, a momentos atrás o encontro entre com Lily.

A jovem olhava para todos os lados e não sabia quem estava lhe chamando, era estranho mais a voz parecia vir do teto da ala hospitalar, e ao olhar para cima Rose sente-se sendo levada para um túnel escuro e cumprido que a estava sacolejando muito. Antes que entrasse em desespero a menina vê uma luz não muito longe e logo em seguida a imagem de Harry a olhando assustado.

- ROSE!!! – chama Harry sacudindo a irmã impaciente.

- HARRY?! – questiona Rose confusa sem entender nada do que estava acontecendo

- Graça a Merlin, estava tão preocupado, já iria chamar Madame Pomfrey para dar uma olhada em você. – comenta o garoto com um semblante mais tranquilo ao ver a irmã acordada.

- O que houve? – pergunta Rose confusa, se sentando na cama.

- Eu acordei e você estava dormindo do meu lado, mais repentinamente começou a chora e chama pela mamãe. Fiquei muito preocupado achando que você estava tendo algum pesadelo e tentei lhe acorda mais não estava surtindo muito efeito. – explica Harry sem jeito por ter acordado a irmã de forma tão brusca. – Então agora que esta acordada me diga com o que aconteceu. Porque esta aqui? Porque estava chorando? – questiona o garoto com um semblante preocupado.

- Não era nada, não a com o que se preocupar. Não era pesadelo, pelo contrario era um sonho muito bom. – explica Rose beijando a bochecha do irmão, e mudando de assunto rapidamente. - Vou falar com Madame Pomfrey e pergunta se já podemos sair. – comenta a menina saindo da cama num único pulo e indo atrás da enfermeira.

Após mais uma analise minuciosa de Madame Pomfrey, a velha bruxa assinou os atestados de liberação dos gêmeos. Rose achou melhor não contar a Harry sobre o sonho que tivera, a jovem temia magoar o irmão ao mencionar que Lily a visitara mesmo sendo apenas um sonho. Rose sabia que o melhor a fazer seria ocultar o fato, pois assim Harry não se sentiria excluído pela mãe.

Pouco depois os gêmeos foram liberados, ambos seguiram em direção ao salão principal. Rose lembrara ao irmão que por terem dormido na ala hospitalar não saberia qual senha estava sendo utilizado para a abertura da porta do dormitório da gryffindor, o menino mesmo a contra gosto resolveu seguir o pedido dar irmã e a acompanhou ate o salão.

Mal pisaram no salão e todos os olhos se viraram para os irmãos, conversas diversas eram sussurradas em todas as mesas e muitos alunos ainda tinham a audácia de apontar para eles enquanto cochichavam, não era preciso ser nenhum gênio para saber que os Potter eram novamente o assunto em pauta dos corredores de Hogwarts. Harry pega a mão da irmã e a arrasta em direção a mesa da gryffindor onde os amigos estavam sentados.

Rose olhava mortalmente para Pansy Parkinson que imitava um falso desmaio sobre os braços de Draco, logo após ter visto Harry cruzar a porta principal. A jovem Potter estava pouco se importando em ver o namorado abraçando outra garota, Rose queria realmente era retalhar a jovem slytherin, que simulava uma situação que não era nem um pouco cômica. A menina estava furiosa e queria tirar satisfações com a rival por ousar denegrir a imagem de seu irmão. Querendo assim que os alunos acreditassem que Harry era um frouxo por não ter conseguido lutar contra um dementador.

- Concorda comigo Rose? – questiona Electra ao lado da jovem.

Só nesse momento Rose percebe que todos a estavam olhando, a menina estava tão cega pela raiva que não percebera que seu irmão e amigos estavam falando com ela sobre um assunto que a jovem não tinha a menor noção do que se tratava.

- Então você concorda? – pergunta Electra novamente.

- Acho que sim. – responde Rose fingindo saber do que se trata.

- Estão vendo ate Rose concorda que Dumbledore está maluco, em ter posto Hagrid como professor de Trato de Criaturas Mágicas. Hagrid e louco, vocês já tentaram abrir aquele livro assassino que ele pediu? – pergunta Electra comendo uma tortinha de abobora.

Os amigos continuam a conversar enquanto a jovem Potter tentavam entender o que eles falavam. Rose olhava para todos e acenavam com a cabeça sempre que pediam a sua opinião. A menina sabia que não era correto fingir entender um assunto a qual não tinha nenhuma noção, mais antes que fizesse alguma bobagem Harry veio ao seu socorro sem nem mesmo saber.

- Vamos que ainda faltam 30 minutos para começam a aula de adivinhação. – comenta o garoto se levantando.

- E verdade ainda nem peguei o meu material. – constata Rose levantando da mesa e seguindo o irmão rapidamente para o dormitório da gryffindor.

Os gêmeos vão ate o dormitório pegar suas coisas, enquanto os amigos terminavam os seus devidos cafés da manha. Com todos os materiais em mãos o casal de irmãos segue em direção à torre norte do castelo. Rose olhava para todos os lados tentando memorizar o caminho ate a nova sala já que teria que repeti-lo duas vezes na semana durante o resto do ano. Os dois caminhavam por um longo tempo sem ter a menor noção de onde estava indo, Rose via que a cada passo dado mais perdidos nos corredores de Hogwarts ela e o irmão ficavam. Era estranho mais a jovem se sentia tranquila mesmo estando perdida, se fosse a qualquer outro lugar há essa hora a pequena Potter já estaria agarrada ao braço do irmão como sempre fazia quando o perigo os confrontava. Mais em Hogwarts era diferente, mesmo perdida Rose sabia que estava a salvo que nada de ruim e perigoso iria lhe ocorrer muito menos ao irmão.

- Acho que estamos perdidos. – sussurra Harry constatando algo que Rose já previa. – Não tenho a menor ideia onde estamos mais sem duvida alguma, aqui não e a torre Norte. – explica Harry sem graça em não ter noção alguma onde estava.

- Eu já sabia disse desde que viramos para a esquerda a três corredores atrás. – comenta Rose sorrindo.

- E porque não me falou nada? – questiona Harry chateado.

- Achei que você sabia o caminho por isso não lhe comuniquei que o Lago Negro está a nossa direita o que significa que estamos na ala sul do castelo, ou seja, bem longe de onde deveríamos estar. – comenta Rose se divertindo com a cara de espanto do irmão ao ver o grande lago que se estendida pelo território lateral.

- Você e impossível, ate hoje não entende como podemos ser gêmeos, e sermos tão diferentes. – resmunga o garoto irritado seguindo o caminho que havia feito ainda pouco só que na direção inversa.

- Mais você me ama do jeito que eu sou. – fala Rose gargalhando da cara raivosa do irmão quando ela solta esse comentário.

- Acho melhor correr se não quiser chegar atrasada na sua primeira aula de adivinhações. – reclama Harry caminhando apressadamente.

- Não fica irritado. ‘Cicatriz’, você não teve culpa de termos errado o caminho ate a Torre Norte. – comenta Rose dando tapinhas na costa do irmão para confortá-lo e tirar-lhe a culpa pelo erro cometido.

- Mais você deveria ter percebi pelo menos o lago, já que sendo um ‘quatro olhos’ enxergar melhor do que eu, que só tenho dois. – fala Rose sorrindo travessa e correndo logo em seguindo ao ver o olhar assassino que o irmão lhe lança.

E com isso a jovem correm em dispara pelos corredores do castelo tendo irmão seguindo-a de perto, enquanto gritava uma torrente de ofensas contra a mesma. A menina se divertia com tudo isso, pois há um tempo não tinha um momento tão descontraído com o irmão como esse que estavam tendo. Em pouco menos de 15 minutos os dois chegaram à Torre Norte extremamente esbaforido, e completamente descomposto. Rose estavam com os cabelos totalmente desgrenhados e apontando para todos os lados mesmo presos em um rabo de cavalo. Harry estava com as mãos sobre os joelhos tentando recuperar o fôlego após a exaustiva corrida.

- Eu deveria lhe dar umas boas tapas. – reclama Harry já recuperado ajeitando a roupa que estava fora do lugar devido à corrida.

- É mesmo senhor Potter? E o que o impede? – questiona Rose lançando um olhar desafiador para o irmão.

- O que me impede? – questiona Harry com um semblante raivoso ao encarar o olhar desafiador da irmã.

- Sim o que o impede de me bater? – rebate Rose querendo ver ate que ponto o irmão iria.

- O fato de você ser minha irmã, e eu te amar muito. - explica o garoto ficando a centímetros de Rose e encarando com um olhar de fúria. - Mesmo você sendo uma cabeça de vento. – comenta Harry sorrindo ao ver a cara de espanto de Rose após a sua súbita aproximação e a suposta ameaça de agressão que ele havia deixado pairando no ar.

- Bom pra mim, pois eu não ligo pra isso. – fala Rose dando uma tapa estalado no ombro do irmão que a olha estarrecido com a ação cometida. – Agora chega de falação e vamos para aula, pois já estamos muito atrasados.

Comenta a menina puxando a corda que estava ao lado da lustrosa placa de bronze aonde jazia escrito o nome em caligrafia fina: “Sibila Patrícia Trelawney – Professora de Adivinhação”. Logo após a corda ser puxado uma minúscula portinha de aonde ainda pouco era exibido à placa com o nome da professora dera lugar a um pequeno alçapão de aonde descia uma escada metálica e envelhecida. Rapidamente os irmãos subiram por ela chegando enfim à aula de adivinhações.

Ao entrarem na sala os gêmeos se espantou com o local. De longe aquela era a sala mais esquisita de toda a Hogwarts. Uma sufocante fumaça rosa em conjunto com uma embaçada luz avermelhava causavam uma sensação claustrofóbica ao lugar. A decoração era totalmente fora de contexto: cruzes de madeiras estavam penduradas em todas as janelas, sendo as mesas selada com um estranho pano roxo metálico a qual Rose desconfiava ser couro de ararambóia[1], pufes coloridos grudados nas paredes como se alguém conseguisse se sentar horizontalmente. Um conjunto de prateleiras com diversos tamanhos encobriam o restante da parede repleta de frascos estranhos contendo desde penas de pássaros como uma pena de Fawkes que estava mergulhado num liquido azulado, como um rosto humano que se movia ao redor do vidro dando uma volta completa em torno do mesmo e sempre parando de frente para os alunos com um olhar macabro.

Rose não gostou nadinha daquela sala e já estava arrependida de ter escolhido essa matéria, pensando seriamente em abandoná-la se possível naquele mesmo instante. Mais antes que a garota consiga sair ouvi uma voz meio afônica saindo por entre as chamas da lareira que estava ao fundo da sala.

- Bom dia meus caros, e maravilhoso finalmente encontrá-los nesse plano terreno. – cumprimenta a professora de adivinhação.

Não restava duvidas para ninguém que Sibila Trelawney era a professora mais estranha que Hogwarts já tivera. A bruxa usava óculos quadrados em um tom forte de amarelo-canário, um vestido longo e floral num tom verde-musgo com enormes flores rosa-pink feitas com lantejoulas, que estava sendo arrastado pelo chão se nenhuma preocupação do mesmo ficar sujo ou rasgado. Um xale de lã cinza chumbo que cai pelos ombros tendo como enfeite nas postas um conjunto de contas roxas brilhantes. Sem contar os adereços como diversos cordões em cores e tamanhos diferentes que adornavam o seu fino pescoço e os diversos anéis com pedras enormes que enchiam os seus dedos impossibilitando de ver os longos e enrugados dedos da professora.

- E fabulosos ver que tantos jovens optaram por Adivinhação, a mais complexa entre as artes mágicas, pois diferente de DCAT e Poções vocês não precisarão apenas de coragem e inteligência para compreendê-la. Para se praticar a nobre arte da adivinhação e necessário enxergar com os olhos da alma e escutar a sua voz interior. – comenta a professora andando pela sala e falando como se não tivesse mais ninguém ali além dela mesma.

- Poucos bruxos são agraciados com o magistral dom da Clarividência[2]. Dom esse que os possibilita ver o futuro. Muitos bruxos talentosos que conseguem através de cheiros e ruídos vencerem as suas batalhas são facilmente derrotados por um bruxo (a) clarividente. Por isso vos digo os livros não seriam úteis em minha aula, pois seu conteúdo nos ajudara muito pouco. – termina de falar a professora se virando para os alunos pela primeira vez.

‘Acha que a Hermione não gostou muito de ouvir isso’. Sussurra Rose para si mesma.

- Você minha cara, prevejo que o encontro com seu pai não será exatamente como espera. – fala Trelawney encarando Electra fixamente.

Rose que assistia a tudo atentamente sente um frio na espinha ao ouvir a previsão da excêntrica professora. A jovem não entendera como sua melhor amiga poderia se encontrar com o pai sendo que Electra tinha mencionado diversas vezes que era órfão assim como Rose e Harry.

- Vou lhes ensinar a maravilhosa arte de adivinhação através da leitura de folhas de chá, linhas de mãos, bolas de cristal e outras linhas míticas. Mais infelizmente não serão aulas assim tão produtivas, pois em fevereiro muitos serão acometidos por uma forte gripe que assolara o castelo e antes da Páscoa alguém nessa sala deixara o nosso convívio para sempre. – comenta a professora em um tom de voz macabro enquanto pegava com a maior delicadeza um bule de chá.

Rose olha para Harry, apreensiva após mais uma predição agourenta da lunática professora. Não só os Potter estavam assustados com as palavras de Sibila como os demais alunos. Diversos burburinhos começaram a surgir na sala fazendo o clima de medo e apreensão ser ainda maiores entre os jovens.

- Agora se possível gostaria que formassem duplas e sentassem, e de preferência formem um em circulo ao redor da sala. – pediu Sibila calmamente enquanto beberica um pouco de chá.

Rapidamente os jovens se separaram formando as duplas pedidas pela professora, Rose pretendia escolher o irmão mais antes que pudesse fazer alguém Harry já estava sentado ao lado de Ron, assim como Electra ao lado de Neville a jovem Potter olhava para os lados atrás de alguma companhia quando viu que suas únicas opções era Seamus Finnigan ou Pansy Parkinson. De primeiro instante Rose decidiu por Seamus mais logo depois a menina lembrou-se do fato que em todas as aulas Seamus terminava queimado, pois conseguia explodir qualquer coisa em que se toca, sendo ela inflamável ou não. A jovem Potter ainda não entendia como o garoto conseguia esse feito. A contra gosto Rose se encaminhou em direção a Pansy que fez uma careta num misto de desgosto e nojo ao vê-la se aproximar.

- O que você que Potter? – questiona Pansy fingindo indiferença a presença de Rose.

- Para a sua tristeza e meu desgosto, você foi à única aluna que sobrou o que indica que teremos que fazer dupla. – explica Rose sem vontade alguma de ficar ao lado de Pansy.

Pansy olha para todos os lados tentando ver se tinham alguma opção além da jovem Potter a sua frente, mas como Rose já havia avisado só restavam elas duas.

- Pois muito bem Potter, sente-se ai e se possível não me dirija à palavra. – resmunga Pansy apontando para a almofada marrom-alaranjado na sua frente.

Rose a encara de forma irritada, mais nada diz, a jovem percebeu que quanto menos fala-se com Pansy melhor seria para a sua saúde metal e proporcionalmente para integridade física da jovem Parkinson. Em poucos minutos o circulo estava completo, cada aluno na sala tinha o seu respectivo par o que fez Sibila prosseguir com suas explicações. A professora passou por entre as mesas e depositou uma generosa quantia de chá nas xícaras de cada um dos alunos.

- Agora vocês beberam todo o chá que despejei em suas xícaras em um único gole deixando apenas a borra dentro delas. Depois tapem a xícara com a mão esquerda e sacuda três vezes em seguida virem ela sobre os pires deixando escorrer todos o restante de chá que ainda sobrara, esperem ate cair a ultima gota em seguida entregue para os seus parceiros. – explica Trelawney passando entre os alunos de forma avoada.

- Os parceiros deverão analisar os desenhos formados e verificá-los no livro Esclarecendo o Futuro nas paginas 5 e 6. – comenta Sibila se sentando num canto da sala, mais antes da um ultimo aviso. – Mocinha afaste-se dele se não quiser ter seus cabelos queimados. – fala a professora apontando para Daphne Greengrass sentada ao atrás de Simas.

A jovem Greengrass arredou seu pufe um pouco, e como predito em pouco menos de um minuto a xícara de Seamus explode em seu rosto como a professora já havia avisado Daphne e Blásio Zabini, que estava fazendo par com a jovem slytherin arregalam os olhos ao verem as pontas dos cabelos loiros da garota levemente chamuscada devido a algumas faíscas que conseguiram alcançá-la.


[1] Serpente da região da Amazônia. Sua pele, seca, é utilizada em diversas poções.
[2] Capacidade de obter informações sobre um objeto, pessoa, a localização física ou evento que aconteceram, estão acontecendo, ou vão acontecer. Estas informações podem vir na forma de visão simples, ou presença.