Após a
chegada dos gêmeos, James e Lily Potter foram informados de uma estranha
profecia, que punha em risco a vida dos seus pequenos filhos. James que já
imagina do que a profecia se tratava, ainda conseguiu ficar assustado ao ouvir
dos lábios do próprio Albus Dumbledore que ele era o ultimo parente vivo de
ninguém menos que o Lord das Trevas. O velho diretor tentou explicar ao jovem
casal como a hereditariedade mágica funcionava, e o porquê desse fato ser tão
importante. Ao que tudo indicava Voldemort viria atrás dos gêmeos pelo simples
fato de que seria derrotado por alguém a qual possui-se o mesmo sangue que o
seu. Ou seja, James e os filhos, mais outro fator importante era que tanto as
crianças como o famoso Lord, eram mestiço, sendo um pai bruxo e outro trouxa,
ou no caso de Lily, nascida-trouxa.
“Aqueles com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproximam.
Laços sanguíneos, decorridos de muitos anos os une, nascidos do fogo e de quem
desafiara três vezes o grande mal, surgiram ao terminar o sétimo mês. E o Lorde
das Trevas os marcará como seus iguais, mas eles terão um poder que o senhor do
mal desconhece. O sacrifico de amor será repetido, um a um os herdeiros serão
punidos. Pois nenhum conseguira viver enquanto o oponente sobreviver. Aqueles
com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês
terminar..."
(...)
- Vocês
ficaram escondidos ate conseguirmos derrotar o Lord das Trevas, até lá sua
localização será mantida em segredo para todos com exceção do fiel designado.
Aconselho-os a escolher muito bem quem será essa pessoa, pois nas mãos dela
estará a segurança de sua família. – explicava Dumbledore ajeitando o seu
delicado oclinhos de meia-lua enquanto encarava o casal a sua frente.
- Compreendo
diretor. Mais ainda não sei aonde iremos ficar. Todos os locais que tenho em
mente são de fácil acesso a Voldemort e sua corja, não tenho ideia de onde
poderíamos nos esconder. – comenta Lily um tanto temerosa, pois não sabia aonde
iria ficar com os filhos.
- James, meu
caro. Se muito minha velha mente não se engana, sua falecida tia Meredith
possuía uma pequena casa em Godric’s Hollow? – questiona Albus sondando o jovem
bruxo.
- Correto,
tia Meredith deixou a casa para minhas primas Lilá e Rose. Mais ambas estão
casadas, e preferiram construir suas próprias residências. – responde James
rapidamente ajeitando a filha no seu colo que como sempre tinha o sono mais
agitado.
- Você acha
que suas primas se importariam, se você fosse abrigar-se na antiga casa de sua
tia? – pergunta Dumbledore, tentando com isso achar uma saída para o jovem
casal.
- Tenho
certeza que não, mesmo não mantendo muito contato com minhas primas. Sei que
nenhuma das duas se interessa pela residência de Godric’s Hollow. – explica
James rapidamente.
- Então
achamos o local para vocês se esconderem. Agora só lhes falta escolher o fiel.
– comunica Dumbledore mais tranquilo ao ver que enfim achou uma saída para o
jovem casal.
Os dois
bruxos se olham e com um simples movimento confirmam que ambos pensavam na
mesma pessoa para ser o fiel de seu segredo. E sem delongas revelam a
Dumbledore quem seria o bruxo designado para isso.
- SIRIUS. – anuncia o jovem casal
sorrindo ao falar do melhor amigo de ambos.
(...)
Após a
escolha do fiel, tudo ocorria bem para os Potter com a única modificação de que
Sirius não era mais o fiel de seu segredo, na ultima hora o herdeiro dos Black
declinou do convite por julgar ser muito óbvio para Voldemort e seus aliados,
que sendo o melhor amigo do casal bruxo, Sirius saberia de sua localização. Foi
com muito custo que o jovem conseguiu convencer James e Lily a escolherem outra
pessoa que não fosse tão óbvia. Os três passaram semanas discutindo quem seria a
melhor pessoa, ate acharem o escolhido certo: Peter Pettigrew. Um dos antigos amigos de James e Sirius de
seus tempos de Hogwarts, Peter sempre fora solitário e quieto, ou seja, seria a
pessoa perfeita para tal ato, ninguém jamais desconfiaria que dele.
(...)
31 de
outubro de 1980
Era uma noite fria de outono e todas as crianças do pequeno povoado de Godric’s Hollow corriam alegremente pela rua. Como tradição o Halloween era motivo de agitação por entres os pequenos que se fantasiavam e saiam à rua atrás de doces ou travessuras.
Em meio a uma confusão de rostos infantis que sorriam e gritavam a cada casa visitada. Surge em meio à praça principal da cidade uma criatura estranha, vestida com um manto negro que o cobria por completo escondendo assim sua identidade. Com passo preciso o ser a qual ninguém dava importância segue em direção à rua principal passando por um pequeno exercito mirim de fadas, caubóis, palhaços e bruxinhas, seguindo em direção à velha casa de numero 85, localizada na exterminada da Rua Magnólia.
Uma casa pequena e delicada com um muro baixo pintado de branco, gramado verde, e próximo à varanda um pequeno jardim de flores silvestres tornando o lugar ainda mais encantador. Mais o bruxo que caminha agora de forma mais frenética pouco se importava com toda essa beleza.
(...)
O casal de
bruxo sentava-se em frente à lareira para descansar, afinal ter gêmeos não era
lá essas maravilhas que todos falavam. Ainda mais com um pai bobão como James
que sempre fazia a vontade dos filhos. Lily já estava para ficar louca com o
isolamento e as três crianças que tinha em casa (James era a terceira), mais a
ruiva estava feliz com sua nova família. Claro que queria as coisas diferentes,
a bruxa planejava criar os filhos num local mais calmo e feliz, sem o medo de
que seriam mortos a qualquer momento. Mais não eram bem assim que as coisas
estavam ocorrendo, depois de serem avisados por Dumbledore sobre a estranha
profecia que envolvia os seus filhos, a jovem senhora Potter e o marido tiveram
que se esconder naquele pequeno povoado para assim manter os bebês a salvo.
- O que você
tem Lils? – pergunta James acariciando os cabelos ruivos da esposa que estava
com a cabeça repulsando em seu ombro esquerdo.
- Nada James;
só estou cansada. – responde a bruxa com o semblante triste.
- Eu lhe
conheço há anos, ruiva. Sei melhor do que ninguém quando você
está mentindo. – comunica o rapaz encarando a bruxa de olhos verde que o olhava
de forma fixa.
- Não
aguento mais viver assim, há meses que não saímos. Mal sabemos o que acontece-se
lá fora. Nossos filhos só conhecem essas paredes, não mantemos contado com
ninguém que conhecemos, nem mesmo minha irmã. Claro que Petúnia não quer nenhum
tipo de aproximação da nossa espécie, como ela mesma afirma. Sinto-me tão mal
em estar aqui, presa. – se lamuria Lily, desabafando com o marido todas as suas
tristezas.
- Lily você não sabe o quando desejo que isso tudo acabe.
Sonho com o dia que iremos sair daqui e viver em paz com as crianças. Mais ate Voldemort
ser derrotado, não poderemos sair daqui e andar livremente sem ter aquele
receio de que ele vira atrás dos nossos filhos. – explicava o bruxo confortando
a esposa que chorava de forma silenciosa em seu peito.
- Eu não quero cria-los assim, nossos filhos merecem mais do
que uma vida enclausurada. Não foi assim que sonhei cria-los. O que me faz
sentir pior nisso tudo e olhar para eles e ver que ambos não conhecem nada, que
não tem a mínima noção de como a vida deles e valiosa. – comentava a bruxa
secando as lágrimas. – Outra coisa que me dói muito, e saber que Thomas está
enterrado aqui. A duas quadras de distancia e eu não posso ir ver meu filho.
- Isso também me dói, promete a mim mesmo que iria
protegê-los de tudo e todos se fosse possível. Mais presos aqui à única coisa
que posso fazer e ama-los como se fosse sempre o ultimo dia. Sei que Voldemort
não ira desistir ate acha-los, e me sinto impossibilitado de ajuda-los, pois sei
que se sairmos daqui estaremos dando eles de bandeja para aquele monstro. E
enquanto ao James não a com o que se preocupar, tenho certeza que aonde quer
que ele esteja nosso filho está olhando por nós. Afinal ele está muito melhor
do que nos dois nesse momento. – comenta o moreno dando um sorriso triste por
esta vivendo toda essa situação.
O jovem nunca acreditou que teria que passar por tantas
provações para ficar ao lado de Lily, mais se conformava em saber que ao final
tudo seria resolvido nem que para isso tivesse que morrer para proteger a
esposa e os gêmeos que agora dormiam tranquilo no quarto ao lado da sala. Mais
como sempre o momento de harmonia do casal foi quebrado pelo choro de um dos
bebês.
- Mini-Lily, acordou! – brinca James ao reconhecer o choro
de sua filha.
- Não sei o que você vê de mim nessa menina. Tirando os
olhos, Harry e Rose são idênticos a você, Potter. – resmunga a ruiva, indo para
o quarto dos gêmeos.
Como em um timing perfeito no mesmo momento que Lily dera as
costas para sala principal, a porta da mesma fora aberta abruptamente num baque
estrondoso. E por ela surge a criatura a qual o jovem casal de bruxos vinha
tentando se esconder nos últimos meses. James ainda tomado pela surpresa não
tem muitas chances contra o Lord das Trevas que ao ver o jovem empunhar a
varinha lhe ataca.
- Lily, foge. – são as ultimas palavras proferidas por James
Potter, antes que cair estático no chão, após ser atingindo pela maldição da
morte lançada por Voldemort.
Enquanto isso a jovem bruxa adentra o quarto dos gêmeos que
estavam chorando alto devido a todo o barulho causado no lado externo do
quarto. A ruiva olhava para os filhos, amedrontada, por não saber como escapar
com eles daquele tormento. Lily lança um patrono de forma desesperada, tentando
inutilmente pedir ajuda.
‘Voldemort nós achou, preciso de ajuda’. – era a mensagem
que a linda e delicada corça prateada iria transmitir aos membros da Ordem da
Phoenix.
Após lançar o patrono à ruiva pega os gêmeos no colo,
tentando inutilmente acalma-los. Lily sempre teve um pouco de dificuldade em
aparatar, e por esse motivo ainda não tinha tentado essa alternativa para a
fuga. Os gêmeos continuavam a chorar de forma descontrolada o que deixava a
jovem ainda mais nervosa.
Assim como havia ocorrido com a porta principal, a porta do
quarto dos gêmeos fora arrombada num rompante por mais um dos feitiços lançado
por Voldemort que olhava a jovem bruxa em desespero carregando os seus dois
bebês.
- Vejam que maravilhosa surpresa. Vim com o intuito de matar
dois Potter e acabo por descobrir que são três. – questionava-se Voldemort em
seu tom sarcástico.
- Como nós descobriu? – pergunta Lily, tentando com isso
ganhar tempo.
- Tenho meus informantes, minha cara. – comunica o bruxo das
trevas com seu sorriso perverso.
- O que você quer, porque esta atrás dos meus filhos? –
interroga Lily, já sabendo a verdade mais querendo ouvir isso dos próprios
lábios do bruxo a sua frente.
- Ora minha cara dama, supôs que fosse mais inteligente do
que isso. Severus fala tanto de você, em como sua genialidade acima da média, e
como você seria uma bruxa fenomenal ao meu lado, como uma de minhas fieis aliadas.
– debocha Voldemort menosprezando os atributos de Lily.
- Sev. – sussurra
Lily ao relembra o amigo de infância. – O mesmo Severus Snape que eu conheci
quando mais nova? – questiona Lily com duvida em crê que seu ex-melhor amigo a
havia mencionado para o Lord das Trevas.
- Sim, Severus tem muito apresso por você minha cara. E por
ele ser um dos meus mais fieis súditos, irei poupar sua vida. – comunica o
bruxo sem demonstrar nenhum tipo de sentimento. – Agora dei-me sei filhos. –
ordenava Voldemort de forma autoritária.
- Não, nunca iria entregar meus filhos a você. – anuncia
Lily demonstrando uma coragem que nem ela mesma sabia de onde havia surgido.
- Sua tola, promete a Severus que não iria mata-la, mais
vejo que ele merece algo melhor do que uma sangue-ruim imunda como você. – responde
Voldemort indo para cima de Lily que ao ver que iria ser atingida por um
feitiço vira-se de costa tentando assim proteger o seus filhos.
- Avada Kedavra – brada o bruxo lançado novamente a maldição
da morte naquela noite.
Ao ver que Lily havia morrido Voldemort vira seu corpo para
cima, para assim poder colocar as mãos em seu alvo principal, os dois pequenos
bebês ainda estavam vivos e bastante assustados com todo o barulho que os
cercavam. Com os olhos em fenda o bruxo sente-se irado ao ver que os gêmeos
sobreviveram à maldição, e tomado pela fúria decide lança novamente o feitiço
em cima das crianças que tanto lhe ameaçavam.
- Avada Kedavra. – falava Voldemort pela terceira vez àquela
noite. Tentando assim por fim a seu tormento.
Mais diferente das outras duas vezes, algo estranho
aconteceu, a luz verde que sairá de sua varinha não conseguira tocar em nenhum
dos dois irmãos. Um pequeno escudo em tom dourado surgira no exato momento em
que a maldição da morte fora lançada contra eles. Voldemort assistira estático,
a maldição bater no escudo e ricochetear contra o seu débil corpo, que após
diversas mutilações ocorridas nos últimos anos não fora capaz de suporta tão
feitiço.
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