quarta-feira, 5 de março de 2014

Capitulo 11 - As Herdeiras Black



Os dias correram e antes que alguém nota-se, o primeiro dia do mês de setembro chegou. Mais rápido do que Madeleine desejava, a bruxa teve que levar a sobrinha estação King Cross. Como era costuma na casa, Electra era acordada por um dos tios o que naquela manhã seria feito por Madeleine.

- Electra acorde, querida. – pede Madeleine abrindo as janelas.

A jovem nada diz, apenas vira para o outro lado da cama se encobrindo dos pés a cabeça para que a claridade não lhe incomode.

- Vamos Electra, senão você perdera o trem. – pede Madeleine tentando tirar a sobrinha da cama.

- Mais cinco minutos. – resmunga a menina sonolenta, enquanto enfiava a cabeça debaixo do travesseiro para abafar quaisquer sons.

‘Por que eu acho que já vi essa cena’. – questionava-se Madeleine tentando entender a sensação de déjà vu. Sem se importar com as manhas da sobrinha a moça pega a mesma ainda dormindo sobre os ombros e a levou para o banheiro, ligando rapidamente o chuveiro que aquele horário estaria com a água extremamente gelada põe a menina sobre a água do mesmo.

- Har... Madeleine... – gritava Electra furiosa, pois como esperado a água estava muito fria, o que fez a acordar num instante.

- Bom dia querida. – fala Madeleine indo para cozinha, enquanto tentava conter as gargalhadas.

(...)

Depois de ser acordada de forma ‘carinhosa’ pela tia, Electra estava devidamente arrumada e indo em direção estação King Cross junto a sua ‘amada’ tia Madeleine. As bruxas tomaram um taxi para a estação, aonde a jovem Black tomaria o trem que para Hogwarts. Longos minutos dentro do táxi, e Electra chega a estação, a pequena menina caminhara por mais ou menos 10 minutos ate parar em frente às plataformas 9 e 10 aonde uma coluna as separavam.

- Pronto querida, chegamos. - anuncia Madeleine parando em frente ao muro de divisa das plataformas.

- Her... tia Madeleine não sei como dizer isso mais a senhora se enganou. Eu acho? – questiona Electra tentando entender por que a tia a fez parar em frente a um muro de pedras sem nenhuma porta aonde pudesse passar.

- Não querida, e aqui mesmo. – responde Madeleine prontamente sorrindo enquanto estende a mão direita para a sobrinha. - Vamos!! – pede a bruxa empurrando o carinho da sobrinha com a mesma do seu lado.

Electra olha confusa para a tia, sem entender a atitude estranha da mesma. Tomando uma lufada de ar à jovem tenta criar coragem ao ver que sua tia desejava atravessar aquele muro de pedras a sua frente. Vendo que o impacto seria eminente Electra fecha os olhos temendo pelo pior que milagrosamente não ocorre.

- Electra abra os olhos. – pede Madeleine para sobrinha que permanecia com olhos cerrados.

- NOSSA!!! – exclama Electra ao se deparar com o lado bruxo da estação King Cross.

Depois que atravessaram o muro Electra e Madeleine se encontrava no outro lado da Estação King Cross, o lado bruxo por assim dizer, varias crianças e jovens se encontravam no local, com seus: malões, corujas e outras coisas que Electra não conseguia identificar. Mas a menina foi tirada de seus devaneios pela tia que a chamava de forma insistente.

- Vamos Electra antes que o trem saia, e você fique para trás. – reclamava Madeleine levando o malão da sobrinha para ser embarcado no vagão bagajeiro.

(...)

Electra tinha embarcado no trem, logo após o terceiro e ultimo apito dado pelo maquinista. Madeleine fez uma lista extensa de recomendações para a sobrinha que quase ficara pra trás com a excessiva falação de sua tia maluca. Agora a jovem estava em um vagão acompanha de mais duas crianças, uma delas era uma menina com cabelos castanhos e bagunçados que se assemelhava e muito ao um ninho de pássaros; o outro era um garoto gorducho e com cara de bobo e bochechas extremamente vermelhas, que segurava fortemente um sapo temendo que o mesmo escapasse. Electra tentou manter-se a mais afastada o possível do garoto, pois a mesma não gostava de sapo. A outra garota ao lado percebendo o desconforto de Electra tenta conversar com a menina para ver se a acalma.

- Olá como você se chama? – pergunta a garota educadamente.

- Eu me chamo Electra Black, e você? – pergunta Electra tentando soar educada.

- Hermione Granger, muito prazer. – responde a menina que agora Electra já sabia o nome estendendo a mão.

- E ele quem é? – questiona Electra apontando para o menino que estava sentado ao lado de Hermione crendo que os dois se conheciam.

- Eu ainda não sei, mais vou perguntar. – explica Hermione virando-se para o garoto ao seu lado. – Olá como você se chama?

- Herr... eu... – pergunta o menino com medo.

- Sim, você!! – inqueri Electra irritada pela pergunta idiota do garoto.

- Ne... Neville...  Ne.... Neville Longbottom. – responde o menino gaguejando.

Nesse momento Morgaine, a gata de Electra sai da gaiola que estava ao seu lado e ao ver o sapo de Neville pula em cima do mesmo tentando morde-lo. O animal sentindo o perigo pula do colo do dono indo parar na cabeça de Hermione e depois pula novamente só que dessa vez para fora da cabine.

- Trevo... volta aqui... – chama Neville assustado ao ver seu sapo sair porta a fora indo para o fundo do trem.

- Deixe-o ir, e melhor não ter bicho algum do que ter um sapo. – comenta Electra para ao menino tentando animá-lo após a perda de seu bichinho.

Neville ao escutar o que Electra dissera começa a chorar, pois acha que o seu sapo não ira mais volta. O garoto se debulha em lagrimas fazendo as meninas o olharem estarrecidas.

- Eu quero o Trevo de volta... – exclama o menino aos prontos enquanto grossas lagrimas corriam por seu rosto ainda mais avermelhado pelo choro.

Hermione vendo a cena a sua frente decide tomar uma atitude e se levanta do acento indo atrás do sapo. Para quem sabe assim Neville se acalmar e calar o berreiro que começara após a súbita fuga de Trevo. Quase na porta da cabine a menina para e encara Electra.

- Eu vou atrás do sapo, você fica aqui e tentando acalmá-lo. – explica Hermione tomando as rédeas da situação, Electra apenas confirma com a cabeça. E sem pensar senta-se ao lado de Neville e pega sua mão tentando confortá-lo pela perca do animal.

- Não fica assim, ele vai voltar. Além do mais seu pai nunca lhe disse que e feio chorar. – questiona Electra tentando brincar com o garoto para ver se o anima.

- Me... meu... pa... pai... nu... nunca... falou sobre isso, pois nos nunca conversamos realmente. – responde o menino parando de chorar, mais quando terminou de falar desatou a chorar novamente.

- Ei fica calmo, não e para tanto o seu sapo vai voltar. E o seu pai... o que houve com ele? – pergunta a menina curiosa.

- Ele e minha mãe moram num hospital, pois são doentes. - explica o menino enxugando as lagrimas.

- Sinto muito. – fala Electra acariciando os cabelos castanhos do novo amigo, que há essa hora já estava repousando a cabeça em seu ombro aproveitando o carinho.

Os dois bruxinhos permanecem o restante da viagem na cabine de numero 6, aonde se conhecem melhor e contam um ao outro tudo que aconteceram em suas vidas durante esses onze anos. Sem que percebe-se Electra havia feito o seu primeiro amigo em Hogwarts mesmo ainda não estando no castelo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário