Os dias correram e antes que alguém
nota-se, o primeiro dia do mês de setembro chegou. Mais rápido do que Madeleine
desejava, a bruxa teve que levar a sobrinha estação King Cross. Como era
costuma na casa, Electra era acordada por um dos tios o que naquela manhã seria
feito por Madeleine.
- Electra acorde, querida. – pede
Madeleine abrindo as janelas.
A jovem nada diz, apenas vira para o
outro lado da cama se encobrindo dos pés a cabeça para que a claridade não lhe
incomode.
- Vamos Electra, senão você perdera o
trem. – pede Madeleine tentando tirar a sobrinha da cama.
- Mais cinco minutos. – resmunga a
menina sonolenta, enquanto enfiava a cabeça debaixo do travesseiro para abafar
quaisquer sons.
‘Por que eu acho que já vi essa cena’.
– questionava-se Madeleine tentando entender a sensação de déjà vu. Sem se
importar com as manhas da sobrinha a moça pega a mesma ainda dormindo sobre os
ombros e a levou para o banheiro, ligando rapidamente o chuveiro que aquele
horário estaria com a água extremamente gelada põe a menina sobre a água do
mesmo.
- Har... Madeleine... – gritava
Electra furiosa, pois como esperado a água estava muito fria, o que fez a
acordar num instante.
- Bom dia querida. – fala Madeleine
indo para cozinha, enquanto tentava conter as gargalhadas.
(...)
Depois de ser acordada de forma
‘carinhosa’ pela tia, Electra estava devidamente arrumada e indo em direção
estação King Cross junto a sua ‘amada’ tia Madeleine. As bruxas tomaram um taxi
para a estação, aonde a jovem Black tomaria o trem que para Hogwarts. Longos
minutos dentro do táxi, e Electra chega a estação, a pequena menina caminhara
por mais ou menos 10 minutos ate parar em frente às plataformas 9 e 10 aonde
uma coluna as separavam.
- Pronto querida, chegamos. - anuncia Madeleine
parando em frente ao muro de divisa das plataformas.
- Her... tia Madeleine não sei como
dizer isso mais a senhora se enganou. Eu acho? – questiona Electra tentando
entender por que a tia a fez parar em frente a um muro de pedras sem nenhuma
porta aonde pudesse passar.
- Não querida, e aqui mesmo. –
responde Madeleine prontamente sorrindo enquanto estende a mão direita para a
sobrinha. - Vamos!! – pede a bruxa empurrando o carinho da sobrinha com a mesma
do seu lado.
Electra olha confusa para a tia, sem
entender a atitude estranha da mesma. Tomando uma lufada de ar à jovem tenta
criar coragem ao ver que sua tia desejava atravessar aquele muro de pedras a
sua frente. Vendo que o impacto seria eminente Electra fecha os olhos temendo
pelo pior que milagrosamente não ocorre.
- Electra abra os olhos. – pede Madeleine
para sobrinha que permanecia com olhos cerrados.
- NOSSA!!!
– exclama Electra ao se deparar com o lado bruxo da estação King Cross.
Depois que atravessaram o muro Electra
e Madeleine se encontrava no outro lado da Estação King Cross, o lado bruxo por
assim dizer, varias crianças e jovens se encontravam no local, com seus:
malões, corujas e outras coisas que Electra não conseguia identificar. Mas a
menina foi tirada de seus devaneios pela tia que a chamava de forma insistente.
-
Vamos Electra antes que o trem saia, e você fique para trás. – reclamava Madeleine
levando o malão da sobrinha para ser embarcado no vagão bagajeiro.
(...)
Electra tinha embarcado no trem, logo
após o terceiro e ultimo apito dado pelo maquinista. Madeleine fez uma lista
extensa de recomendações para a sobrinha que quase ficara pra trás com a
excessiva falação de sua tia maluca. Agora a jovem estava em um vagão acompanha
de mais duas crianças, uma delas era uma menina com cabelos castanhos e bagunçados
que se assemelhava e muito ao um ninho de pássaros; o outro era um garoto
gorducho e com cara de bobo e bochechas extremamente vermelhas, que segurava fortemente
um sapo temendo que o mesmo escapasse. Electra tentou manter-se a mais afastada
o possível do garoto, pois a mesma não gostava de sapo. A outra garota ao lado percebendo
o desconforto de Electra tenta conversar com a menina para ver se a acalma.
- Olá como você se chama? – pergunta a
garota educadamente.
- Eu me chamo Electra Black, e você? –
pergunta Electra tentando soar educada.
- Hermione Granger, muito prazer. – responde
a menina que agora Electra já sabia o nome estendendo a mão.
- E ele quem é? – questiona Electra
apontando para o menino que estava sentado ao lado de Hermione crendo que os
dois se conheciam.
- Eu ainda não sei, mais vou
perguntar. – explica Hermione virando-se para o garoto ao seu lado. – Olá como
você se chama?
- Herr... eu... – pergunta o menino
com medo.
- Sim, você!! – inqueri Electra
irritada pela pergunta idiota do garoto.
- Ne... Neville... Ne.... Neville Longbottom. – responde o
menino gaguejando.
Nesse momento Morgaine,
a gata de Electra sai da gaiola que estava ao seu lado e ao ver o sapo de
Neville pula em cima do mesmo tentando morde-lo. O animal sentindo o perigo
pula do colo do dono indo parar na cabeça de Hermione e depois pula novamente
só que dessa vez para fora da cabine.
- Trevo... volta aqui... – chama
Neville assustado ao ver seu sapo sair porta a fora indo para o fundo do trem.
- Deixe-o ir, e melhor não ter bicho algum
do que ter um sapo. – comenta Electra para ao menino tentando animá-lo após a
perda de seu bichinho.
Neville ao escutar o que Electra
dissera começa a chorar, pois acha que o seu sapo não ira mais volta. O garoto
se debulha em lagrimas fazendo as meninas o olharem estarrecidas.
- Eu quero o Trevo de volta... – exclama
o menino aos prontos enquanto grossas lagrimas corriam por seu rosto ainda mais
avermelhado pelo choro.
Hermione vendo a cena a sua frente decide
tomar uma atitude e se levanta do acento indo atrás do sapo. Para quem sabe
assim Neville se acalmar e calar o berreiro que começara após a súbita fuga de
Trevo. Quase na porta da cabine a menina para e encara Electra.
- Eu vou atrás do sapo, você fica aqui
e tentando acalmá-lo. – explica Hermione tomando as rédeas da situação, Electra
apenas confirma com a cabeça. E sem pensar senta-se ao lado de Neville e pega
sua mão tentando confortá-lo pela perca do animal.
- Não fica assim, ele vai voltar. Além
do mais seu pai nunca lhe disse que e feio chorar. – questiona Electra tentando
brincar com o garoto para ver se o anima.
- Me... meu... pa... pai... nu...
nunca... falou sobre isso, pois nos nunca conversamos realmente. – responde o
menino parando de chorar, mais quando terminou de falar desatou a chorar
novamente.
- Ei fica calmo, não e para tanto o
seu sapo vai voltar. E o seu pai... o que houve com ele? – pergunta a menina
curiosa.
- Ele e minha mãe moram num hospital,
pois são doentes. - explica o menino enxugando as lagrimas.
- Sinto muito. – fala Electra
acariciando os cabelos castanhos do novo amigo, que há essa hora já estava
repousando a cabeça em seu ombro aproveitando o carinho.
Os dois bruxinhos permanecem o
restante da viagem na cabine de numero 6, aonde se conhecem melhor e contam um
ao outro tudo que aconteceram em suas vidas durante esses onze anos. Sem que
percebe-se Electra havia feito o seu primeiro amigo em Hogwarts mesmo ainda não
estando no castelo.
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