quarta-feira, 5 de março de 2014

Capitulo 21 - As Herdeiras Black



Quando Madeleine chegou em casa Electra já estava acordada, a garota estava treinando levitação de objetos com Morgaine, a pobre gata que anteriormente era de Victor estava como sempre servindo de cobaia para a menina. A coitada da gata tentava se segurar num dos galhos da arvore que tinha ali próximo, sempre que Electra o deixava na arvore, mais a menina se divertia afastando a amasso sempre que esse se encontrava segura, como forma de se proteger Morgaine tentava inutilmente cravar as garras no salgueiro que havia no quintal.

- Electra querida, voltei. – anuncia Madeleine tentando chamar a atenção da sobrinha.

- Bom dia, tia Madeleine!! – exclama Electra dando um beijo na bochecha esquerda da tia. - Cadê o tio Victor? – pergunta a menina curiosa.

- Minha querida, ele teve que viajar hoje cedo, dois aurores desapareceram na Transilvânia, e o Ministério suspeita que sejam os lobisomens, ele e mais três aurores foram averiguar a situação. – explica Madeleine dando um beijo na testa da sobrinha.

- Hum poxa quer dizer que ele não vai passar o natal com a gente. – resmunga Electra triste com a notícia.

- Sinto muito querida mais o natal será apenas eu e você. – fala Madeleine dando as costas para a sobrinha enquanto entrava em casa.

- E né fazer o que, seremos só nos três esse ano. – fala Electra tristonha enquanto seguia a tia porta adentro.

- TRÊS? – pergunta Madeleine confusa parando na porta.

- Sim tia, eu a senhora e a Morgaine. – responde Electra explicando quem seriam os três membros da família.

- A Morgaine!! – questiona Madeleine encarando a sobrinha que a olhava com os brilhantes devido à resposta. - Claro como eu tinha me esquecido dela, não seria natal se a pobre felina. – responde Madeleine achando graça da ideia da sobrinha.

Electra volta para o quintal e pega o gato que nesse momento tentava se esconder dentro de um buraco oco próximo ao cercado, sem se importa com o que o bichinho desejava Electra o pega no colo e o leva para o seu quarto ficando lá o resto do dia. Madeleine aproveita que a sobrinha não estava solta pela casa e esconde o presente de Electra no alto do guarda-roupa para lhe entregar só na manhã de natal.

No outro dia as duas vão ao Diagon-Al comprar algumas coisas e depois Madeleine leva Electra ate Hogsmeade, pois tinha que ir ao Correio de Hogsmead para enviar uma carta para Victor, as duas foram ao correio e depois ao Café da Madame Puddifoot tomarem chá. Electra pediu para tia levá-la na Zonko’s, pois a garota insistiu em comprar bombas de bosta, mais a Madeleine negou veemente o pedido feito pela sobrinha. A bruxa considerava Electra extremamente travessa sozinha imagina então com as bombas para atormentar ainda mais as pessoas. Então decidida à jovem levou a pequena menina para a Dedos de Mel, lugar a qual Madeleine considerava mais seguro para ir com Electra.

Mas como sempre o lado travesso de Electra falou mais alto, e sem que Madeleine percebe-se e a garota comprou uma caixa de bombons explosivos.

- Bombons Explosivos? – pergunta Madeleine sem acreditar no doce que a sobrinha escolheu.

- Sim, Bombons Explosivos!! Tia Madeleine, eles são os melhores doces que tem aqui na loja a senhora tem que provar. – fala Electra colando um dos bombons na boca. Em menos de um minuto o bombom explode na boca da garota fazendo com que a mesma revire os olhos e solte fumaça pelos ouvidos.

- ELECTRA!! – grita Madeleine assustada ao ver o que ocorria com a sobrinha.

- ISSO!!! Esse bombom e maravilhoso. - comenta a menina pondo mais um dos bombons na boca.

- Eu não sei de uma veio esse seu lado. – resmunga Madeleine ao ver a sobrinha feliz em mais uma travessura. Mas Madeleine sabia exatamente de onde Electra tirou esse lado travesso.

Madeleine comprar duas caixas de bombons explosivos para a sobrinha, oito bolas maciças de sorvete de frutas para si mesma, pensado no amigo que estava longe à bruxa decide contra o doce favorito dele e mandou pelo correio para que Victor pudesse receber uma caixa de Lesmas Apimentadas de presente de natal.

(...)

O natal havia chegado mais rápido do que a McKinnon poderia prever, a manhã fria de inverno como era costume do pequeno povoado de St. Mary Mead estava coberta pela neve que vinha acompanhada por uma espessa nevoa que deixava todos os vidros embaçados assim como algumas portas e janelas emperradas. Madeleine e Electra dormiam no chão em cima de um grosso tapete de lã marrom próximas à lareira, tia e sobrinha dormiam profundamente que nem notaram a chegada em um bruxo a casa. Victor que consegui uma licença do trabalho para passar apenas a manhã de Natal em casa se surpreendeu ao ver a cena a sua frente o bruxo estava habituada a repeti-la todos os anos desde que Electra aprendeu o significado do Natal com pouco mais de 1 ano de vida, a menina gostava de deitar próxima a lareira, pois ali ficavam a misteriosas meias que na manhã de natal se encontravam seus presente, de inicio a garoto questionava como isso ocorria mais esse ano finalmente os tios lhe contariam como essa mágica era feita. Sentando no sofá em frente às duas bruxas dorminhocas Victor esperou ate o primeiro movimento feito por Madeleine que pareceu estar despertando para se pronunciar.

- Ate que fim, as duas dorminhocas acordaram. – brinca Victor falando alegremente ao estar em casa naquela manhã.

- Tio Victor!! – grita Electra feliz em vê-lo e rapidamente corre em sua direção, sem se importa a menina pula em seu colo.

- Eu minha anjinha também e bom revê-la, Feliz Natal querida. – fala Victor fazendo carinho na sobrinha que se aconchega ainda mais em seus braços.

Madeleine que permanecia deitada no chão resolve levantar e tomar um banho para poder preparar o café pro três bruxos, meio sonolenta a jovem levanta com alguns passos trôpegos e tenta não encarar Victor que com certeza faria alguma piada de sua aparência matinal.

- Tio Victor hoje e natal, o que eu vou ganhar de presente? – pergunta Electra fingindo inocência.

- Deixa-me pensar. – comenta Victor, ponde Electra no chão e fingindo pensar no que daria a menina.

O caminha em direção ao lado esquerdo do sofá aonde ainda mais cedo tinha depositado um caixa amarelo com furos nas laterais. Se abaixando o bruxo pega a caixa no colo e encara Electra que olhava tudo atentamente com cuidado deposita a caixa sobre e o sofá lentamente ao mesmo tempo em que o ser contido nela se mexia de forma frenética.

- O que e isso tio? – pergunta Electra curiosa e ou mesmo tempo temerosa com a criatura dentro da caixa.

- Abra e veja? Espero que goste. – responde Victor sentando no chão ao lado do sofá.

Electra põe as mãos sobre o pequeno embrulho que desde que fora posto no sofá não parava de se remexer, com cuidado a menina começa a desfazer o laço vermelho que encobria caixa, como sempre a curiosidade falou mais alto e Electra arrancou as fitas em três puxões jogando as mesmas pelo chão, abrindo a tampa com cuidado a pequena se deparar com o serzinho dentro do caixote, tomada pela coragem a jovem Black pega a pequena criaturinha negra nas mãos e o encara logo depois olha para Victor que analisa a tudo esperando a reação de Electra.

- O que isso tio Victor? – pergunta Electra encarando seu presente ainda em suas mãos.

Victor sorri ao ver que a sobrinha notara a diferença na criatura e se prontifica a falar sobre a mesma, mais antes que abra a boca Madeleine volta para sala e vê o presente da sobrinha e sem saber a bruxa acaba responde a pergunta feita por Electra.

- Um Crupe!!! Victor onde você conseguiu um desses? – pergunta Madeleine correndo para pegar o animal no colo.

- Comprei de um mercador, ele queria vendê-lo o mais rápido possível. Pois além dele o coitado tinha mais dezoito. O velho mencionou que de todos; esse era o pior. – comenta Victor sorridente ao relembrar do fato.

- E você o comprou mesmo assim? – repreende Madeleine chateada com a escolha do amigo.

- Calma Madeleine, ele não e ruim. E apenas hiperativo como alguém aqui. – brinca Victor e sorri e acariciando os cabelos negros da sobrinha.

- Se for assim tudo bem. – comenta Madeleine mais tranquila, pondo o pequeno animal no chão.

- Comprei-o para Electra deixar a coitada da Morgaine, descansar. Essa gata já acabou com todas as vidas que ela tinha, servindo de cobaia para a nossa anjinha. – brinca Victor bagunçando os cabelos negros da sobrinha.

Electra corre e pega a sua mais nova cobaia. E como esperado começa a torturá-lo, com a varinha, rapidamente a menina faz o animalzinho mudar de cor através de um feitiço que aprendeu na aula de transfigurações. Os tios sorriram ao mesmo tempo em que tinha pena do pobre animal que seria a nova vitima da casa nas mãos da sobrinha.

O dia passa normalmente com Electra curtindo o seu mais novo bichinho, Victor foi apenas para passar a manhã com as duas bruxas e logo após o almoço deixou a casa, pois ainda estava trabalhando e ainda tinha que cumpria a sua missão com o Ministério. No meio da tarde Madeleine deixou a sobrinha na sala sozinha por alguns minutos vai em direção ao quarto pegar o presente. Chegando no quarto a bruxa pega um banquinho debaixo de sua cama para alcançar a parte superior do guarda-roupa, subindo no mesmo a bruxo fica na ponta dos pés e pega o pequeno saquinho que estava em cima do armário. Madeleine pega o colar que um dia pertenceu a sua irmã, e o olha fixamente deixando uma lagrima cair. Antes que seja tomada pela tristeza a bruxa seca a lagrima solitária e rapidamente coloca o colar de volta no saco e segue em direção à sala.

- Electra. – chama Madeleine adentrando a sala.

- Sim tia Madeleine. – responde Electra olhando para a tia com um ar inocente.

Madeleine pega a mão da sobrinha e as duas se encaminham para o sofá. A bruxa mais velha respira fundo e deposita o pequeno pacote que contem o colar de Marlene sobre as mãos de Electra. A menina encara o saquinho sem entender por um tempo, Madeleine a olhava de forma tensa que fazia Electra ficar ainda mais confusa.

- O que e isso tia Madeleine? – pergunta Electra confusa com o estranho presente recebido.

- Abra, e depois pergunte. - pede Madeleine esperando a reação da sobrinha ao ganhar ao tão simplório e valioso.

Electra rapidamente abre o saquinho e joga o conteúdo na sua mão, Madeleine a olha esperando a reação da mesma que nada esboça ao ver o colar. A menina olhava o relicário em sua mão atentamente sem esboçar nenhuma reação o que deixou Madeleine um tanto apreensiva por achar que a sobrinha não havia gostado do presente.

- Então gostou? – pergunta Madeleine nervosa ao ver que Electra permanecia muda.

- De quem e essa velharia? – questiona Electra desgostosa com o presente recebido.

- Era da sua mãe. – explica Madeleine sem jeito ao ver que a sobrinha não gostou do presente recebido.

Electra não acreditava no que havia escutou, era a primeira vez em anos que sua tia Madeleine falava da sua mãe sem chorar. A menina ficou ainda mais perplexa ao ver que o presente tão bem conservado parecia ainda mais belo após escutar que fora sua antiga dona. A jovem não gostava muito de joias mais não poderia negar que o relicário era extremamente belo, a reclamação de Electra devia-se ao fato de supôs que sua tia lhe comprava algo que ela com certeza não usaria nunca, mais ao saber que Marlene McKinnon sua falecida mãe a qual a pequena Black sonharam em conhecer usou esse mesmo colar fez algo intenso cresce dentro de mesma que via nesse relicário um elo que unia ainda mais com a mãe que nunca conhecera.

- Isso era da mamãe? – pergunta a menina descrente encarando o colar em sua mão como se fosse um verdadeiro tesouro.

- Era sim, seu pai deu a ela quando Marlene ficou grávida. – explica Madeleine com lágrimas ao relembrar da sua amada irmã.

- MEU PAI? – questiona Electra curiosa, pois em todos esses anos sua tia nunca mencionava sobre seu pai. Electra só sabia que ele tinha falecido há alguns anos, ou pelo menos era o que ela supunha.

- Sim, essa e uma joia de família. Seu pai ganhou de sua avó, por ele ser o filho mais velho. E você como a primeira filha o receberia por direito, tradições bruxas antigas se é que me entende – comenta Madeleine dando um pequeno sorrio - Sua mãe guardou para você. Ela sempre falava que não era justo usá-lo, pois não carregava o sangue Black nas veias, e sempre que perguntávamos com que ficaria a joia ela respondia que seria o filho, e no final repetia a mesma frase? ‘Ele sim e um Black’, ou seja, você. Marlene sempre quis que esse colar fosse seu. – explica Madeleine com um pequeno sorriso.

Electra olha o colar e fica sem reação, esse pequeno objeto era o símbolo que os seus pais existiam, que eles a amaram acima de tudo. Tomada pela emoção a pequena deixa algumas lágrimas caírem mais logo as seca, Electra respira fundo e encara a tia com os olhos brilhando.

- Tia Madeleine, pode colocar pra mim? – pede Electra estendendo o cordão.

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