quarta-feira, 5 de março de 2014

Capitulo 7 - A menina que sobreviveu



Ainda presos em seus próprios pensamentos os gêmeos se sobressaltaram ao ouvir o som estrondoso de algo se chocando contra a porta do velho casebre, os baques secos eram tão pesados que parecia que a casa toda estava tremendo.

BUM!! Bateram novamente os gêmeos ficam sobressaltados e apreensivos com o que poderia estar do outro lado da porta do velho casebre.

Os mais velhos que dormiam no andar superior do casebre desceram a velha escada de madeira rapidamente, Petúnia escorregou no penúltimo degrau e só não foi ao chão, pois se segurou na blusa listrado de azul e branco que era o pijama de Vernon, o mesmo senhor Dursley que exibia um olhar abilolado estava munido com o grosso rifle que os Potter não tinham a menor noção de aonde haveria surgido.

- Quem está ai? – grunhi Vernon apontando o rifle em direção a porta, pronto para atirar em quem quer que estivesse do outro lado.

Mais para o temor dos Potter ninguém respondeu, em vez disso o barulho seco da porta sendo arrancada das suas dobradiças, fez com que os gêmeos e os Dursley tremessem mais do que gelatina de frutas após sair da forma. O casal de irmãos sem saber o que poderia esta do outro lado da porta, tenta inutilmente se esconder ao lado da lareira que por ocupar uma boa parta da sala tinha espaço suficiente para caber até um Dudda 10 kg mais gordo.

Pela porta que agora repousava sobre o chão apodrecido do velho casebre, surge uma figura imponente, o homem que devido a pouca luz não poderia ser identificados, possuía uma vultosa cabeleira negra e uma barba longa e desgrenhada que se fundia muito bem ao cabelo. O ser que parecia ser um verdadeiro gigante de contos infantis se espremeu por entre a pequena porta do casebre, abafando com sua presença o ruído da chuva torrencial que caia do lado de forra.

- Boa noite. – cumprimenta educadamente o visitante que agora os Potter tinham certeza se tratar de um gigante.

Ninguém naquela pequena residência respondeu ao cumprimento do gigante em vez disso o grandão atraiu a atenção de todos ao se sentar no sofá que Dudda utilizava como cama. E ao fazer isso um rangido de algo sendo partido foi ouvido por todos, as pernas do velho sofá não suportaram o peso do gigante e envergaram fazendo o assento afundar ate encontrar-se no chão. O grandão sorriu sem graça devido ao estrago provocando mais em nenhum momento se desculpou.

- Então Dursley, poderia me preparar um chá. Fiz uma viagem devera cansativa e acredito que um bom chá seria de muita valia. – pede o gigante encarando Petúnia ternamente esperando que ela atende-se ao seu pedido.

Mais foi só naquele momento que os Dursley notaram que o gigante falava com eles, Petúnia e Vernon saíram do seu estado de torpor desde a chegada do indesejado visitante. Olharam para o homem muito bem instalado no seu agora improprio sofá com ar de desdém. A senhora Dursley tomou a frente do marido e com o dedo indicador apontou para a face suja e desgrenhada do gigante.

- Quem você pensa que é para ir entrando na casa das pessoas, como se fosse alguém de muita estima. Eu exigi que você se retira agora mesmo da minha casa. – grita Petúnia apontando o seu ossudo dedo para o gigante que não lhe da à mínima.

- Cale a boca sua muggle cara de cavalo. – responde o gigante pondo-se de pé bem em frente à Petúnia que recua alguns passos ao ver o tamanho do homem que havia tentando enfrentar.

- Agora diga-me, aonde estão os Potter? – questão o gigante olhando de forma intensa para Petúnia que sente os pelos de sua nuca arrepiarem.

- Potter... não a nenhum Po... Potter aqui. – explica a mulher nervosa e gagueja ao falar sobra à inexistência dos sobrinhos.

- PETÚNIA! Albus Dumbledore, a incumbia de ser a guardiã dos Potter, então não queria me enganar dizendo que eles não estão aqui. – afirma o gigante dando dois passos para frente e encurralando Petúnia contra a parede ao lado da larearia.

Ao ver que a tia corria risco de ser ataca por aquele estranho e misterioso gigante. Harry e Rose resolvem se revelar, mesmo não gostando muito de Petúnia os gêmeos não queria carregar a culpa, de ela ter sido atacado por aquele desconhecido.

- PARE!! – pede Harry surgindo em frente ao gigante e tendo Rose postada bem atrás de si.

- Mais oras veja, se não são os gêmeos Potter. – anuncia o gigante sorrindo de forma larga ao ver os gêmeos. - Nossa, como vocês crescem lembro que da ultima vez que os vi vocês dois eram desse tamanhinho. – explica o homem andando em direção aos gêmeos que o olhavam de forma confusa.

- Claro como poder ser tão desatente, Rubeus Hagrid o Guardião das Chaves de Hogwarts ao seu dispor. – cumprimenta o grandão a qual agora as crianças sabiam o nome.

- Rose e Harry Potter. – explica Rose tomando a frente na hora das apresentações.

- Claro os famosos gêmeos Potter. Mais para mim isso pouco importa, vocês sempre serão os filhos de James e Lily, e se me permitem dizer vocês dois são idênticos ao Potter tirando os olhos, vocês herdaram os olhos de sua mãe. – comenta o gigante saudoso dos velhos amigos, e olhando de forma mais terna ao casal de crianças.

- De onde o senhor nos conhece? – questiona Harry confuso por não saber de onde conhecia o grandalhão.

- Longa historia meu caro, mais agora o que você acha de tomarmos aquele chá que eu havia proposto? – propõem Hagrid sentando-se novamente no que anteriormente havia sido o sofá. – Então criança como sei que hoje e o décimo primeiro aniversario de vocês, trouxe um bolo que eu mesmo fiz, acredito que esta ameaçado devido à viagem mais ainda deve estar tão gostoso como quando eu o aprontei.

Os Potter se olham abismados, por aquele misterioso homem saber tanto deles, claro que Hagrid com sua aura selvagem e tamanho desproporcional não era muito digno de confiança, mais algo em seus brilhantes olhos negros traziam as crianças a certeza de que ele era um bom homem.

Mesmo apreensivos os gêmeos sentaram no chão, próximos às pernas do gigante, enquanto isso Rubeus tirava de dentro do seu sobretudo carmin surrado, uma chaleira de prata, algumas salsichas a um conjunto de xícaras de porcelanas brancas com delicadas flores lilás, que estavam levemente lascadas nos desenhos. Também havia uma garrafa de um liquido cor de caramelo e com um cheiro acre a qual os Potter acreditaram se tratar de alguma bebida.

- Então crianças, como havia dito; meu nome é Rubeus Hagrid, sou Guarda-Caças e Guardião das Chaves de Hogwarts. Mais e claro que vocês sabem tudo sobre Hogwarts. – afirma Hagrid espetando uma salsicha no espetinho de madeira que havia tirado do bolso de seu casaco.

- Desculpe-nos Rubeus, mais o que e Hogwarts? – questiona Rose confusa de que o gigante lhe pergunta. A jovem Potter acreditava que ele deveria ter feito alguma confusão.

O gigante a encarou chocado. Como assim os Potter não saberiam o que era Hogwarts, na mente de Hagrid aquilo era um sacrilégio, os dois maiores bruxos do mundo não saberem o que era a magistral escola de magia a qual Albus Dumbledore, era o atua diretor. Isso parecia alguma piada de mau gosto muggle, era o que Rubeus tentava acreditar ser.

- Isso e algum tipo de piada muggle? – questiona Hagrid desacreditando nas palavras de Rose.

- Piada muggle? – pergunta Harry confuso com o termo usado pelo gigante.

- Sim, que tipo de piada seria essa. Pois afirmo que ela não teve a mínima graça. Aonde já se viu os gêmeos Potter não saberem o que é Hogwarts. – afirma o gigante realmente irritado ao saber que os gêmeos não sabiam de sua origem.

- Senhor. – insiste Harry mais o ver o gigante com a sobrancelha arqueada, muda de abordagem. – Quer dizer, Rubeus. Não querendo se repetitivo, mais não sabemos o que é muggle e muito menos sobre Hogwarts. – explica o garoto rapidamente contando ao gigante sobre sua inocência em relação a sua própria história.

- Oras meu caro, muggle são seres não mágicos como seus tios. – explica Hagrid pausadamente para o menino o acompanhe. – Agora sobre Hogwarts, seria de se esperar que vocês dois soubesse algo, afinal nunca se questionaram aonde seus pais aprenderem tudo? – inquiria o grandalhão olhando intensamente para os gêmeos com seus olhos negros como carvão.

- Tudo o que, desculpe-nos senhor Hagrid. Mais do que o senhor está falando? – pergunta Rose realmente confusa com o rumo da conversa sem saber o que o gigante queria lhes dizer.

- Esperem um minutinho. Quer dizer que isso não e uma piada, vocês dois não tem a menor noção do nosso mundo, nem se quer uma única informação do que e Hogwarts ou mesmo da sua verdadeira origem. Vocês não sabem de nada? – questiona o gigante enfurecido levantando-se do sofá num rompante e olhando furiosamente para os Dursley que se encolhiam próximo a escada.

- Claro que sabemos, olha eu sou muito bem em álgebra e Rose e ótima em geografia. – explica Harry se sentindo ofendido pelo comentário de Rubeus ao falar de que ele não sabia de nada.

- Espera um minuto, quer dizer que em todos esses anos morando com esses... esses muggles eles nunca lhe informaram sobre o seu mundo, o nosso mundo. – brade Hagrid furioso encarando fixamente Petúnia que tentava inutilmente se esconder atrás de Vernon.

- Do que você está falando Rubeus. O que os nossos tios nunca nos contaram? – questiona Rose realmente curiosa com tudo o que o gigante parecia esconder.

- Petúnia, diga-me porque não segui as ordens de Albus. Eu estava lá no dia que tivemos que deixa-los na porta de sua casa. Porque você não seguiu as instruções de Dumbledore. – gritava Hagrid colérico ao constatar o porquê dos Potter não terem a menor noção de seu mundo.

- POR QUÊ? – inquire Petúnia com outra pergunta olhando para o gigante com seu ar de soberba. – Porque eu queria por fim aquela baboseira, Lily sempre fora a favorita de nossos pais, sempre a filhinha perfeita. Mais para mim ela não passava de uma aberração. Então ela conheceu a tal Potter e os dois queriam se matar, mais o que conseguiram... foi dar fim ao filho deles. E quando pensei que ela havia esquecido o que de minha existência; vocês surgem com esses dois. Pondo-os em minha porta, como se eu fosse obrigada a ficar com eles, eu havia passados anos fingindo não ter família para da noite para o dia, ser obrigada a ficar com duas aberrações idênticas a minha irmã. Foi por isso, por esse motivo que nunca lhes falei nada a seu respeito, nunca lhes disse que Lily matara o precioso irmão mais velho deles e depois explodira junto ao seu medíocre marido James Potter. – comunica Petúnia dando vazão a todos os anos de ressentimento que possui de sua irmã e deixando a raiva por ter de criar os filhos de Lily falar mais alto.

- EXPLOSÃO? Você disse que nossos pais morreram num acidente de carro. – grita Harry raivoso ao ver que metade do seu passado fora uma grande mentira criada pelos Dursley.

- Acidente de carro, James e Lily Potter mortos num reles acidente de carro. Isso e algo pérfido de se contar a uma criança. Isso fora baixo até mesmo para você Dursley. – constata Hagrid zangado ao saber parte da verdade sobre os anos de vida dos Potter ao lado de sua família muggle.

- Será que alguém pode me contar algo que seja verdade em meio a toda essa historia. – grita Rose irritada em saber que viveu em uma mentira durante todos esses anos.

- A verdade minha cara Rose, e que você e seu irmão são bruxos. Bruxos de primeira linha se me permitem dizer, afinal sendo filhos de quem são seria impossível serem diferentes. – informa Hagrid enfim contando a verdade para os Potter. – Vocês dois sãos os bruxos mais famosos em todos no nosso mundo, afinal são os nossos heróis, seu pais foram grandiosos em meio a nossa sociedade, e assim como sua tia lhes informou vocês possuíam um irmão mais velho chamado Thomas, que morrera pouco tempo após o nascimento. Acredito que ele teria 13 anos se estivesse vivo, e seria igualzinho a vocês dois, uma vez que Lily parecia ser só doadora de útero e olhos, pois vocês são idênticos ao James. – brinca Rubeus contando uma versão reduzida da historia para os Potter que o encaravam descrente.

Os gêmeos não conseguiam acreditam em metade do que havia escutado, não que Rubeus fossem um mentiroso, mais aquela historia parecia fantasiosa demais para suas pequenas cabeças de 11 anos. Rose parecia ser a mais descrente naquilo tudo mais no fundo a menina parecia saber que era verdade, Harry também estava confuso sobre tudo o que ouvira, mais queria mais do que tudo que aquilo fosse verdade para assim quem sabe poder se livrar dos Dursley, nem que fosse por um curto período de tempo, os dois irmãos parecia não saber o que dizer após todas as revelações e por esse motivo foi preciso o gigante intervir dando-lhe mais uma das misteriosas cartas a qual os Dursley tanto fugiam.

- Acho que isso, pertence a vocês. – comunica Hagrid entranhando as cartas de Hogwarts respectivas para cada um dos irmãos.

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA HOGWARTS
Diretor: Albus Dumbledore
(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos).

Prezada Srta. Potter

Temos o prazer de informar a V. Sa tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista de livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall
Diretora Substituta

Rose encarava a carta que havia lido de forma confusa, se ela estivesse correta acaba de receber uma vaga, na escola mais estranha que já havia tido informação mais se o relato de Rubeus estivesse certo, ela e o irmão seriam bruxos e como tal deveria ser instruídos em Hogwarts assim como um dia os seus pais foram.

- Isso é algum tipo de engano, desculpe-nos senhor Hagrid, mais não podemos ser bruxo. – questiona Rose desacreditando em tudo o que ouvir até o momento.

- Diga-me senhorita, nunca em sua vida fez algo que poderia ser improvável quando estava com raiva ou medo? – pergunta o gigante olhando fixamente para Rose que confusa olha para o irmão atrás de um apoio.

O gigante sorri ao constatar que sim, nunca lhe houvera a mera duvida de que os filhos de James e Lily Potter seriam grandes bruxos. Por mais temerosos que estivessem, os Potter tinham a certeza de que toda aquela historia era verdadeira, e por isso decidiram aceitar o seu então destino.

(...)

Hagrid contou mais algumas coisas aos dois irmãos, como se fossem velhos amigos. O gigante detalhou a vida curta ao lado dos pais, e o porquê de seu afastamento do mundo magico. De início o Potter não entenderam, mais ao ouvir que era para sua própria segurança tiveram que aceitar que a escolha de Dumbledore fora a mais acertada para eles, ao final de todo o relato o trio estava decidido a partir, mais antes que os gêmeos pudessem cruzar a soleira da Potter foram parados pela voz esganiçada de Petúnia.

- Se cruzarem essa porta não precisam mais voltar. – afirma a velha senhora com seu ar de superioridade e fúria ao encarar os gêmeos.

- Não ouve quebrar o acordo que havia feito com Dumbledore, EVANS. Você sabe muito bem as consequências de que isso acarretaria não só para os gêmeos como para sua família. – retorque Hagrid olhando de forma ameaçadora para Petúnia.

- Não me chame de Evans, meu nome e Dursley. PETÚNIA ANNE DURSLEY. Seu serviçal imundo, e pouco me importa o que aquele velho decrepito e desvairado chamado Dumbledore me obrigou a fazer, quando, pois esses duas aberrações em minha porta há dez anos. – grita Petúnia furiosa pouco se importando com tudo o que estava ouvindo, a muggle estava cansada de tudo o que vinha passando ao ter que viver com os filhos de sua indesejada irmã.

Rubeus que estava se controlando bastante para não atacar os Dursley, não consegue suportar ao ouvir Petúnia difamar Dumbledore, a quem o gigante tinha em alta estima, e antes que alguém pudesse prevê tirar de dentro de seu grosso casaco de peles um guarda-chuva cor de rosa, e com um giro rápido de sua mão o apontou para Petúnia que fica estática ao ser assaltada por um lampejo de luz violeta vindo diretamente em sua direção. Antes que alguém pudesse prevê os pés da senhora Dursley foram transformados em cacos de cavalos, seu cabelo loiro palha que ficava na altura dos ombros, caíram como cascatas até a abaixo da cintura como uma crina desgrenhada, e sua voz esganiçada fora substituída por um relinche.

Os Dursley ficaram horrorizados com tudo o que ocorrera com Petúnia e tentara se esconder no segundo andar do velho casebre, mais com muita dificuldade uma vez que a senhora Dursley encontrava-se com cascos no lugar dos pés. Os Potter não conseguiam conter a gargalhado ao ver o estado deplorável em que sua odiada tia agora se encontrava, os gêmeos se sentiam um tanto vingados por tudo o que Petúnia vinha fazendo com eles nesses últimos anos ao vê-la desse modo.

- Criança, será que vocês podem deixar esse acontecimento apenas entre nos três. E que eu não posso praticar magia, se e que me entender. – propõem Rubeus um tanto sem graça ao ter infringido uma lei mágica bem em frente aos Potter.

- Claro Rubeus, mais porque não podemos falar nada? – questiona Harry realmente curioso com o pedido.

- Digamos, que isso e contra as leis do nosso mundo. Eu não possuo licença para fazer uso de varinha e por isso sou proibido de fazer magia. – comenta Hagrid rapidamente levantou-se do sofá. – Agora acho melhor deixarmos as conversas para depois, preciso levar vocês dois para fazer comprar.

E assim os gêmeos partem deixando os Dursley para trás, Rose sabia que aquilo não era um adeus, por mais que ansiasse nunca mais ver seus odiosos parentes, a jovem sabia que teria que voltar em breve. Enquanto isso os gêmeos iriam entra de cabeça nessa nova fase de sua vida, a qual Rubeus Hagrid era apenas o mensageiro de uma grande aventura.

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