Após o episódio no Zoo os Potter ficaram de castigo por um
longo tempo, quando os Dursley o esqueceram, já se iniciava as férias de verão.
Como de costume os Potter passavam todo o tempo livre perambulando pelas ruas
do pequeno povoado de Little Whinging, enquanto Dudley enchia a casa com sua
gangue mirim aonde ele era o líder uma vez que devido ao tamanho Dudda
conseguia por medo em qualquer garoto de 11 anos.
Era uma tarde morna quando Petúnia levara seu filho para
fazer comprar no centro de Londres. Dudda fora aceito na tradicional escola de
Smeltings, uma escola para pessoas de posses, os Dursley se orgulhavam pro seu
amado filho ter sido aceito em tal ilustre lugar. Como de costume em todas as
saídas dos Dursley Harry e Rose eram deixados aos cuidados da senhora Figg que
após ter a perna quebrada por pisar em cima de um seus gatos, passou a não
ama-los tanto. Permitindo milagrosamente que os gêmeos assistissem teve e
comessem biscoitos com leite, coisas incomum de ocorrer na casa da velha
senhora.
(...)
Dias depois de Dudley ser aceito em Smeltings, os Dursley
não falavam em outra coisa a não ser o qual adulto o jovem parecia em seu
uniforme novo. Rose e Harry policiavam-se a todo momento, para não caírem na
risada, todas as vezes que viam o primo com o uniforme vermelho e laranja
acompanhados do ridículo chapéu de palha e bengala a qual Dudda usava para
bater nos primos sempre que achava necessário.
A família estava reunida em torno da mesa do café, quando o
leve barulho da portinhola os fez notar que o correio havia chegado. Como de
costume Vernon não se moveu um milímetro e com sua voz grossa e engasgada pediu
para os sobrinhos pegaram as cartas.
- As correspondências Potter. – anunciou Vernon sorvendo
mais um pouco de seu café preto.
Rose encara o irmão e com um pedido mudo, e pede para o
menino ir buscar as correspondências enquanto terminava de comer as bolachas
duras que Petúnia havia fornecido para o café da manha dos sobrinhos.
Passados alguns minutos Harry volta com quatro envelopes,
sendo que um vinha em sua mão direita, próximo aos olhos, enquanto os outros
três vinham na esquerda, próximos ao bolso. O garoto parecia compenetrado na
carta que estava em suas mãos que mal percebeu já estar na cozinha.
Rose encarava o irmão de forma fixo vendo que o mesmo estava
alheio a tudo o que ocorria ao seu redor, o jovem Potter entregara as duas
correspondências a Vernon enquanto guardava a terceira no bolso o que chamou
atenção não só de Rose como Dudley que analisava tudo o que o primo fazia.
- Pai, pai... ele escondeu um das cartas no bolso veja.
Veja! – gritava Dudda eufórico ao denunciar o primo, do para ele seria o maior
crime cometido na vida.
- Mais que insolência, depois de tudo o que fizemos por você
agora deu de roubar cartas, moleque atrevido. – resmunga Vernon estendendo a
mão gorducha para Harry entregar-lhe a carta que havia surrupiado.
- A carta não e para o senhor tio Vernon, e sim de Rose. Na
verdade vieram duas, uma para cada um de nos. – explica Harry mostrando o mesmo
envelope pardo que havia aberto ainda a pouco mais não tivera tempo de ler o
conteúdo.
- Deu-me isso para cá seu fedelho. Aonde já se viu mandaram
cartas para dois indigentes. Isso deve ser um engano. – questionava Vernon
tomando ambas as cartas da mão de Harry, sem dar tempo para o menino ler seus
conteúdos.
Vernon não se importou em ler a carta que o sobrinho havia
aberta para saber quem fora o infeliz que tentara se comunicar com os gêmeos.
Mais ao correr os olhos pelas linhas negras do pergaminho ficara mais pálido do
que um fantasma, e sem conseguir pensar direito gritou a única palavra que veio
em mente naquele momento.
- PETÚNIA. –
gritou Vernon ofegante ao não conseguir acreditar em que seus olhos estavam
vendo.
A senhora Dursley correu em auxilio do marido e assim como o
mesmo tratou de ler a correspondência destinada a Harry. A jovem senhora ficou
vermelha, roxo, verde e todas as demais cores possíveis a cada linha lida
daquela incomum correspondência. Os gêmeos e Dudley olhavam para tudo sem
entender, Rose se questionava o que poderia conter aquelas cartas que deixaram
seus tios tão sobressaltados.
(...)
Depois de toda a confusão na mesa do café Vernon e Petúnia
decidiram que o melhor seria agir como se as cartas nunca tivesse existindo,
tratando inclusive de dar fim às mesmas queimando-as na lareira. Os gêmeos que
assistiam a cena por uma pequena brecha de sua armário/quarto não conseguiam entender
o porquê de todo esse mistério em torno de simples cartas.
Ainda naquele dia seus tios fizeram algo que os Potter nunca
imaginaram possível, tiraram os gêmeos do armário sobre a escada e os
remanejaram para o quarto de brinquedos de Dudda, que em comparação com os
demais cômodos da casa era minúsculo, perdendo apenas para o armário sobre a
escada.
O quarto que ficava no final do corredor de frente para o
banheiro possuía, apenas uma cama de solteiro, um guarda roupa velho de Dudley
que tinha uma das portas quebrada assim como espelho interno. Uma escrivaninha
totalmente rabiscada e com uma das pernas soltas e três prateleiras de livros
nunca lidos por Dudda, a única coisa agradável era a vista, uma vez que a única
janela daquele cômodo dava para o grande jardim dos Mclachlan a família mais
rica da pequena Privit Drive e de quem os Dursley possuíam uma grande inveja.
No outro dia pela manhã, o clima na casa dos Dursley era o
mais incomum do que os Potter poderiam imaginar, Vernon e Petúnia trataram os
sobrinhos de uma forma nunca vista em dez anos pelos gêmeos. Vernon não os
destratou em nenhum momento enquanto Petúnia não deixou as crianças fazerem
nada do que eram habituais, os Dursley trataram os Potter com tanta gentileza
que seria de espantar qualquer pessoa que adentra-se na casa aquela hora.
(...)
O correio foi entregue naquela manhã mais diferente do
habitual quem fora recolher as correspondências fora Dudley, que muito a contra
gosto pegou as cartas depositadas no capacho na porta. Rapidamente o jovem
Dursley caminhou até a cozinha e com duas cartas pardas falou em alto e bom
tom, para quem quisesse ouvir a quem as correspondências pertenciam.
- Cartas para a Srta. L. Potter e para o senhor H. Potter, o
menor quarto da casa, Privit Drive, 4 Little Whinging. – anuncia Dudda em seu
tom de deboche, tendo a carta abruptamente arrancada da mão por seu pai.
Os Dursley surtaram ao verem o endereço do destinatário,
como eles saberiam que os Potter haviam mudado de quarto. Vernon e Petúnia
acreditavam que estavam sendo vigiados.
(...)
Aquela semana fora sem duvida a mais incomum vivida pelos
Potter, após a primeira carta rasgada, por Vernon, muitas outras foram
entregue. Vindas de todas as formas, pelo correio, porta dos fundos, dentro da
garrafa do leite e até mesmo enrolada dentro de um ovo que Petúnia iria
preparar para o desjejum de Dudda em uma das manhãs. Os gêmeos estavam bastante
curiosos para saber quem seria a pessoa que tanto insistia em entrar em contato
com eles, através das sinistrar cartas.
Vernon e Petúnia encontravam raivosos com a chegada das
misteriosas cartas pardas para os Potter, o casal não sabia mais o que fazer
para impedir que as correspondências adentrassem sua casa, pois parecia que
nada do que eles fizessem era capaz de barrar as tão misteriosas
correspondências que a todo o momento insistiam em procurar pelos gêmeos
Potter.
O domingo chegara e com ele a esperança dos Dursley de que
naquele dia em especial, o correio não seria entregue e com ele nenhuma carta
para endereçada aos Potter. Vernon estava feliz e até assoviava de tanta alegria
por não ter as tenebrosas correspondências adentrando sua casa pelos lugares
mais improváveis. O patriarca dos Dursley estava para enlouquecer tentando
evitar de todas as forma que as correspondência endereçadas aos sobrinhos
chegassem nas mãos dos destinatários, mais aquela manha em espécie o senhor
Dursley estava mais calmo. Infelizmente aquela paz não durou muito tempo,
poucos minutos após o café da manhã a casa dos Dursley fora atacada por
milhares de cartas vindas de todos os lugares: chaminé, portinhola, ralo da
pia, brecha de portas e paredes era uma chuva de cartas endereçadas aos
gêmeos.
(...)
Depois da chuva de carta Vernon praticamente fugira de casa
levando os Potter junto a sua família para um lugar que nem ele mesmo sabia
qual seria, o mais velho dos Dursley estava fora de si com as correspondência,
e fizera a família viajar por longas horas ate parar num tenebroso hotel de
beira de estrada. Dudda dormira na cama junto aos seus pais, enquanto Harry e Rose
tinha que se ajeitar no velho sofá duro e mofado.
Logo pela manhã os Dursley foram informados, que novas
cartas chegaram aos Potter com o endereço de destinatários. Constando
exatamente o quarto em que estavam. Petúnia ficou paranoica, pois não conseguia
entender como eles descobriram sua localização, enquanto isso Vernon tratava de
fecha a conta do hotel enquanto sai do lugar o mais breve o possível procurando
assim um novo esconderijo.
(...)
Depois de saírem praticamente fugidos do hotel de beira de
estrada os Dursley viajaram por mais alguma horas. Uma velha cabana no alto de
um rochedo, Vernon encontrava-se ainda mais transtornado devido às muitas horas
em frente ao volante sem pregar os olhos. O velho senhor Dursley não se
assemelhava em nada ao homem esnobe que residiam na agora longínqua Privt
Drive. Era noite de domingo quando um casebre no topo de um rochedo foi
apresente para os Potter e Dursley como sua nova residência. Petúnia
rapidamente tratou de se instalar naquela tão inóspita residência, a divisão
dos cômodos fora simples, Vernon e Petúnia ficaram com a única cama, Dudley com
o sofá e os Potter que se arrumasse aonde desse.
Os gêmeos se arrumaram próximos à lareira com alguns lençóis
velhos e rasgados, que Rose conseguira encontrar pela casa. Era aproximadamente
23:30 do dia 30 de julho ao soar meia noite os gêmeos completariam mais um ano
de vida. Naquela noite eles não sabiam mais suas vidas iria mudar de forma mágica
e definitiva.
(...)
A mais nova dos Potter estava contando os segundo para a
chegada da meia noite. Era tradição dos gêmeos se parabenizarem logo que o dia
da celebração de mais um aniversario começa-se. Rose não lembra-se quando
aquela tradição começou, mais gostava bastante dela, principalmente por ser um
momento único deles. Algo feito e visto apenas para Potter.
O relógio digital de Dudda apontou o momento exato em que o
dia 31 de julho iniciara como de costume os Potter permaneciam acordados para
celebrarem aquela data tão especial. Harry e Rose que estavam deitados sobre o
assoalho de madeira apodrecida do velho casebre sobre o rochedo
- Rose você esta dormindo? – pergunta Harry para a irmã
deitada ao seu lado, com o rosto encostado no chão e os olhos fechado esperando
a meia noite.
- Não Harry, o que você deseja. – questiona Rose encarando o
irmão curiosa.
Harry delicadamente lhe mostra o desenho de um bolo em meio
à fuligem do chão, em formato arredondado junto de onze velhinhas, aonde as
palavras “Parabéns Potter” jazia escrita bem no meio. Rose sorri ao ver aquele
pequeno gesto do irmão e lhe da um beijo na bochecha.
- Faça um desejo Harry. Afinal de contas você e o irmão mais
velho. – comenta Rose dando a vez para irmão apagar as velhinhas imaginaria.
- Acho melhor, fazermos o pedido juntos. Afinal de conta
somos gêmeos. – propõem o mais velho dos Potter apertando a mão esquerda da
irmã.
Os gêmeos fecham os olhos e desejam do fundo de seu coração
que a vida para eles muda-se. O que Harry e Rose não sabiam e aquele simples
pedido fosse atendido de prontidão, uma vez que seus destinos estavam selados há
muito tempo e aquele aniversário em especial era apenas o início de sua longa e
fantástica jornada.
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