quarta-feira, 5 de março de 2014

Capitulo 6 - A menina que sobreviveu



Após o episódio no Zoo os Potter ficaram de castigo por um longo tempo, quando os Dursley o esqueceram, já se iniciava as férias de verão. Como de costume os Potter passavam todo o tempo livre perambulando pelas ruas do pequeno povoado de Little Whinging, enquanto Dudley enchia a casa com sua gangue mirim aonde ele era o líder uma vez que devido ao tamanho Dudda conseguia por medo em qualquer garoto de 11 anos.

Era uma tarde morna quando Petúnia levara seu filho para fazer comprar no centro de Londres. Dudda fora aceito na tradicional escola de Smeltings, uma escola para pessoas de posses, os Dursley se orgulhavam pro seu amado filho ter sido aceito em tal ilustre lugar. Como de costume em todas as saídas dos Dursley Harry e Rose eram deixados aos cuidados da senhora Figg que após ter a perna quebrada por pisar em cima de um seus gatos, passou a não ama-los tanto. Permitindo milagrosamente que os gêmeos assistissem teve e comessem biscoitos com leite, coisas incomum de ocorrer na casa da velha senhora.

(...)

Dias depois de Dudley ser aceito em Smeltings, os Dursley não falavam em outra coisa a não ser o qual adulto o jovem parecia em seu uniforme novo. Rose e Harry policiavam-se a todo momento, para não caírem na risada, todas as vezes que viam o primo com o uniforme vermelho e laranja acompanhados do ridículo chapéu de palha e bengala a qual Dudda usava para bater nos primos sempre que achava necessário.

A família estava reunida em torno da mesa do café, quando o leve barulho da portinhola os fez notar que o correio havia chegado. Como de costume Vernon não se moveu um milímetro e com sua voz grossa e engasgada pediu para os sobrinhos pegaram as cartas.

- As correspondências Potter. – anunciou Vernon sorvendo mais um pouco de seu café preto.

Rose encara o irmão e com um pedido mudo, e pede para o menino ir buscar as correspondências enquanto terminava de comer as bolachas duras que Petúnia havia fornecido para o café da manha dos sobrinhos.

Passados alguns minutos Harry volta com quatro envelopes, sendo que um vinha em sua mão direita, próximo aos olhos, enquanto os outros três vinham na esquerda, próximos ao bolso. O garoto parecia compenetrado na carta que estava em suas mãos que mal percebeu já estar na cozinha.

Rose encarava o irmão de forma fixo vendo que o mesmo estava alheio a tudo o que ocorria ao seu redor, o jovem Potter entregara as duas correspondências a Vernon enquanto guardava a terceira no bolso o que chamou atenção não só de Rose como Dudley que analisava tudo o que o primo fazia.

- Pai, pai... ele escondeu um das cartas no bolso veja. Veja! – gritava Dudda eufórico ao denunciar o primo, do para ele seria o maior crime cometido na vida.

- Mais que insolência, depois de tudo o que fizemos por você agora deu de roubar cartas, moleque atrevido. – resmunga Vernon estendendo a mão gorducha para Harry entregar-lhe a carta que havia surrupiado.

- A carta não e para o senhor tio Vernon, e sim de Rose. Na verdade vieram duas, uma para cada um de nos. – explica Harry mostrando o mesmo envelope pardo que havia aberto ainda a pouco mais não tivera tempo de ler o conteúdo.

- Deu-me isso para cá seu fedelho. Aonde já se viu mandaram cartas para dois indigentes. Isso deve ser um engano. – questionava Vernon tomando ambas as cartas da mão de Harry, sem dar tempo para o menino ler seus conteúdos.

Vernon não se importou em ler a carta que o sobrinho havia aberta para saber quem fora o infeliz que tentara se comunicar com os gêmeos. Mais ao correr os olhos pelas linhas negras do pergaminho ficara mais pálido do que um fantasma, e sem conseguir pensar direito gritou a única palavra que veio em mente naquele momento.

- PETÚNIA. – gritou Vernon ofegante ao não conseguir acreditar em que seus olhos estavam vendo.

A senhora Dursley correu em auxilio do marido e assim como o mesmo tratou de ler a correspondência destinada a Harry. A jovem senhora ficou vermelha, roxo, verde e todas as demais cores possíveis a cada linha lida daquela incomum correspondência. Os gêmeos e Dudley olhavam para tudo sem entender, Rose se questionava o que poderia conter aquelas cartas que deixaram seus tios tão sobressaltados.

(...)

Depois de toda a confusão na mesa do café Vernon e Petúnia decidiram que o melhor seria agir como se as cartas nunca tivesse existindo, tratando inclusive de dar fim às mesmas queimando-as na lareira. Os gêmeos que assistiam a cena por uma pequena brecha de sua armário/quarto não conseguiam entender o porquê de todo esse mistério em torno de simples cartas.

Ainda naquele dia seus tios fizeram algo que os Potter nunca imaginaram possível, tiraram os gêmeos do armário sobre a escada e os remanejaram para o quarto de brinquedos de Dudda, que em comparação com os demais cômodos da casa era minúsculo, perdendo apenas para o armário sobre a escada.

O quarto que ficava no final do corredor de frente para o banheiro possuía, apenas uma cama de solteiro, um guarda roupa velho de Dudley que tinha uma das portas quebrada assim como espelho interno. Uma escrivaninha totalmente rabiscada e com uma das pernas soltas e três prateleiras de livros nunca lidos por Dudda, a única coisa agradável era a vista, uma vez que a única janela daquele cômodo dava para o grande jardim dos Mclachlan a família mais rica da pequena Privit Drive e de quem os Dursley possuíam uma grande inveja.

No outro dia pela manhã, o clima na casa dos Dursley era o mais incomum do que os Potter poderiam imaginar, Vernon e Petúnia trataram os sobrinhos de uma forma nunca vista em dez anos pelos gêmeos. Vernon não os destratou em nenhum momento enquanto Petúnia não deixou as crianças fazerem nada do que eram habituais, os Dursley trataram os Potter com tanta gentileza que seria de espantar qualquer pessoa que adentra-se na casa aquela hora.

(...)

O correio foi entregue naquela manhã mais diferente do habitual quem fora recolher as correspondências fora Dudley, que muito a contra gosto pegou as cartas depositadas no capacho na porta. Rapidamente o jovem Dursley caminhou até a cozinha e com duas cartas pardas falou em alto e bom tom, para quem quisesse ouvir a quem as correspondências pertenciam.

- Cartas para a Srta. L. Potter e para o senhor H. Potter, o menor quarto da casa, Privit Drive, 4 Little Whinging. – anuncia Dudda em seu tom de deboche, tendo a carta abruptamente arrancada da mão por seu pai.

Os Dursley surtaram ao verem o endereço do destinatário, como eles saberiam que os Potter haviam mudado de quarto. Vernon e Petúnia acreditavam que estavam sendo vigiados.

(...)

Aquela semana fora sem duvida a mais incomum vivida pelos Potter, após a primeira carta rasgada, por Vernon, muitas outras foram entregue. Vindas de todas as formas, pelo correio, porta dos fundos, dentro da garrafa do leite e até mesmo enrolada dentro de um ovo que Petúnia iria preparar para o desjejum de Dudda em uma das manhãs. Os gêmeos estavam bastante curiosos para saber quem seria a pessoa que tanto insistia em entrar em contato com eles, através das sinistrar cartas.

Vernon e Petúnia encontravam raivosos com a chegada das misteriosas cartas pardas para os Potter, o casal não sabia mais o que fazer para impedir que as correspondências adentrassem sua casa, pois parecia que nada do que eles fizessem era capaz de barrar as tão misteriosas correspondências que a todo o momento insistiam em procurar pelos gêmeos Potter.

O domingo chegara e com ele a esperança dos Dursley de que naquele dia em especial, o correio não seria entregue e com ele nenhuma carta para endereçada aos Potter. Vernon estava feliz e até assoviava de tanta alegria por não ter as tenebrosas correspondências adentrando sua casa pelos lugares mais improváveis. O patriarca dos Dursley estava para enlouquecer tentando evitar de todas as forma que as correspondência endereçadas aos sobrinhos chegassem nas mãos dos destinatários, mais aquela manha em espécie o senhor Dursley estava mais calmo. Infelizmente aquela paz não durou muito tempo, poucos minutos após o café da manhã a casa dos Dursley fora atacada por milhares de cartas vindas de todos os lugares: chaminé, portinhola, ralo da pia, brecha de portas e paredes era uma chuva de cartas endereçadas aos gêmeos.

(...)

Depois da chuva de carta Vernon praticamente fugira de casa levando os Potter junto a sua família para um lugar que nem ele mesmo sabia qual seria, o mais velho dos Dursley estava fora de si com as correspondência, e fizera a família viajar por longas horas ate parar num tenebroso hotel de beira de estrada. Dudda dormira na cama junto aos seus pais, enquanto Harry e Rose tinha que se ajeitar no velho sofá duro e mofado.

Logo pela manhã os Dursley foram informados, que novas cartas chegaram aos Potter com o endereço de destinatários. Constando exatamente o quarto em que estavam. Petúnia ficou paranoica, pois não conseguia entender como eles descobriram sua localização, enquanto isso Vernon tratava de fecha a conta do hotel enquanto sai do lugar o mais breve o possível procurando assim um novo esconderijo.

(...)

Depois de saírem praticamente fugidos do hotel de beira de estrada os Dursley viajaram por mais alguma horas. Uma velha cabana no alto de um rochedo, Vernon encontrava-se ainda mais transtornado devido às muitas horas em frente ao volante sem pregar os olhos. O velho senhor Dursley não se assemelhava em nada ao homem esnobe que residiam na agora longínqua Privt Drive. Era noite de domingo quando um casebre no topo de um rochedo foi apresente para os Potter e Dursley como sua nova residência. Petúnia rapidamente tratou de se instalar naquela tão inóspita residência, a divisão dos cômodos fora simples, Vernon e Petúnia ficaram com a única cama, Dudley com o sofá e os Potter que se arrumasse aonde desse.

Os gêmeos se arrumaram próximos à lareira com alguns lençóis velhos e rasgados, que Rose conseguira encontrar pela casa. Era aproximadamente 23:30 do dia 30 de julho ao soar meia noite os gêmeos completariam mais um ano de vida. Naquela noite eles não sabiam mais suas vidas iria mudar de forma mágica e definitiva.

(...)

A mais nova dos Potter estava contando os segundo para a chegada da meia noite. Era tradição dos gêmeos se parabenizarem logo que o dia da celebração de mais um aniversario começa-se. Rose não lembra-se quando aquela tradição começou, mais gostava bastante dela, principalmente por ser um momento único deles. Algo feito e visto apenas para Potter.

O relógio digital de Dudda apontou o momento exato em que o dia 31 de julho iniciara como de costume os Potter permaneciam acordados para celebrarem aquela data tão especial. Harry e Rose que estavam deitados sobre o assoalho de madeira apodrecida do velho casebre sobre o rochedo

- Rose você esta dormindo? – pergunta Harry para a irmã deitada ao seu lado, com o rosto encostado no chão e os olhos fechado esperando a meia noite.

- Não Harry, o que você deseja. – questiona Rose encarando o irmão curiosa.

Harry delicadamente lhe mostra o desenho de um bolo em meio à fuligem do chão, em formato arredondado junto de onze velhinhas, aonde as palavras “Parabéns Potter” jazia escrita bem no meio. Rose sorri ao ver aquele pequeno gesto do irmão e lhe da um beijo na bochecha.

- Faça um desejo Harry. Afinal de contas você e o irmão mais velho. – comenta Rose dando a vez para irmão apagar as velhinhas imaginaria.

- Acho melhor, fazermos o pedido juntos. Afinal de conta somos gêmeos. – propõem o mais velho dos Potter apertando a mão esquerda da irmã.

Os gêmeos fecham os olhos e desejam do fundo de seu coração que a vida para eles muda-se. O que Harry e Rose não sabiam e aquele simples pedido fosse atendido de prontidão, uma vez que seus destinos estavam selados há muito tempo e aquele aniversário em especial era apenas o início de sua longa e fantástica jornada.

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