Capitulo 4 - As Herdeiras Black (3ª Temporada)

Os dias após o regresso do Peru correram e antes que Electra pudesse perceber o dia 30 de agosto batia a porta, o que para a jovem represente o reencontro com os amigos antes do embarque a Hogwarts.

Naquela manhã a jovem acordara bem disposta o que surpreendeu aos tios que sempre tinha que arrancar Electra da cama quando a mesma estava em casa, pois a menina tinha a tendência a dormir mais do que o próprio colchão. Com os ânimos mais tranquilos, pois agora a jovem Black já sabiam aonde sua melhor amiga e o namorado se encontravam após a súbita fuga da casa dos tios trouxas, aonde sem saber como Harry havia transformado seu tia num balão.

Após um longo e demorado banho, Electra se aprontou para ir novamente ao Diagon-Al comprar os seus novos materiais escolares em companhia dos seus tios. Era estranho mais de uns dias para cá Victor e Madeleine estavam agindo de uma forma ainda mais protetora com a jovem do que de costume, Electra pensou ser coisa de sua cabeça mais logo percebeu que seus tios estavam realmente agindo estranho quando numa tarde Madeleine quase teve uma sincope ao ver a menina brincando com Loki que devido ao tempo já não era um filhotinho, o crupe que Victor dera a Electra de presente de natal agora estava um cachorro adulto e com tamanho monumental o que fez a pequena Black ter de pô-lo para fora de casa, o bichinho agora morava numa casinha de cachorro nos fundo do terreno e vivia preso, pois assim como a dona o animal era hiperativo o que causava dor de cabeça em todos na vizinhança, já que Loki não se contentava em destruir apenas a sua casa. Morgaine a gata que anteriormente pertencera a Victor havia morrido de causas naturais a pouco mais de uma semana, o velho amanso já estava em idade avançada ate mesmo para um animal mágico, mais o que lhe causara a morte realmente fora o cansado, devido ao fato de ter de servido de cobaia para Electra por muito tempo. Agora restando apenas um crupe e uma coruja na casa, Electra dividia seu tempo entre seus dois bichinhos enquanto passava seu tempo com os tios em St. Mary Mead.

- Bom dia querida. – cumprimenta Madeleine educadamente terminando de por o café da manha na mesa.

- Bom dia tia Madeleine. – cumprimenta Electra dando um beijo estalado na bochecha direita da tia.

- Bom dia Anjinha. – cumprimenta Victor abaixando a edição matinal do Daily Prophetque estava lendo para falar com a sobrinha.

- Bom dia tio Victor. – cumprimenta Electra pegando uma torrada e rapidamente colocando na boca. – Então a que horas iremos ao Diagon-Al? – questiona a garota engolindo mais uma torrada sem mastigar direito o que faz Madeleine lhe olhar com a sobrancelha arqueada.

- Assim que terminamos o café da manha poderemos ir para o Diagon-Al. – responde Victor voltando a sua atenção para o jornal.

- Tomo o seu café com calma, pois o Diagon-Al não ira mudar de lugar. – repreende Madeleine ao ver a sobrinha praticamente engolir tudo o que tinha na mesa do café da manha com a maior presa.

- Hur... tia Madeleine, o Diagon-Al não ira sair do lugar mais o meus amigos sim. Marcamos de nos encontra lá hoje à tarde e não quero chegar atrasada. – explica a menina se levantando da mesa e limpando a boca com um guardanapo rapidamente.

- Electra volte aqui... – pede Madeleine inutilmente, pois a sobrinha já estava regressando ao quarto.

- Deixe a Madeleine, você melhor do que todo mundo, sabe que quando ela põe algo na cabeça e impossível fazê-la mudar de ideia. – intervém Victor sabendo que uma briga estava por vir.

- Mais ela não comeu direito, praticamente jogou tudo na boca e engoliu com um copo de suco de laranja. Essa menina precisa se alimentar direito afinal esta em fase de crescimento e... – Madeleine desatava a falar deixando Victor com os ouvidos doloridos de tantas reclamações.

O bruxo fingia ouvir o que a amiga lhe dizia e concordava com a cabeça quando achava necessário, o casal ficou assim por aproximadamente 20 minutos ate Madeleine decidir que já estava na hora de irem às compras e com passos rápidos fui buscar Electra no quarto. A menina já estava pronta para o passeio e por esse motivo não atrasou os tios, saindo de casa como pessoas ‘normais’ os três bruxos seguiram em direção ao centro de Londres, chegando ao Caldeirão Furado num tempo recordo Electra correu em direção à parte externa do pub aonde se encontrava a entrada para ruela mágica e com breves movimentos da varinha que era batida contra alguns tijolos de forma ordenada a passagem foi aberta dando uma vista completa do Diagon-Al.

- Vamos. – propõe Madeleine se pondo ao lado de Electra após cruzar a passagem mágica para o beco.

As duas bruxas caminham para a Botica aonde Electra iria comprar o seu novo estoque de ingredientes para as aulas de Poções. Com passos lentos e conversas sem conteúdo tia e sobrinha se divertem em meio à compra de ingredientes enquanto Victor estava resolvendo um problema particular no Gringotts. Passado algum tempo Madeleine avistara uma velha amiga e por esse motivo deixou Electra livre para passear pelo local marcando de se reencontrarem ao cair da tarde em frente ao Empório de Corujas, a primeira loja que se avista ao se entra no Diagon-Al. Com a liberação dos tios a pequena Black vasculha o local atrás de algum dos seus amigos, não foi preciso muito para Electra conseguir avista Neville saindo da loja de roupas de Madame Malkin acompanhado por uma velha senhora de aparência severa, caminhando a passos rápidos a menina se aproxima do amigo eufórica por enfim reencontrá-lo.

- Neville. – grita Electra acenando de forma frenética para o amigo que conversava com a velha senhora.

Ao avistar a morena Neville para o que estava fazendo e fica esperando Electra se aproximar. A velha senhora que o acompanhava olhava tudo de forma atenta como se fosse uma águia a espreitar a caça indefesa, sem demonstrar reação alguma à avó de Neville prestava atenção à conversa dos dois bruxinhos de forma silenciosa.

 - Electra e tão bom revê-la. – fala Neville abraçando a amiga após a mesma se juntar a ele a avó.

- Digo o mesmo Neville, nosso foi apenas um mês sem nos vermos mais me pareceu uma eternidade. Olha como você cresceu, nesse pouquíssimo tempo. – exclama Electra ao notar que o amigo estava mais alto.

- E você então, esta mais bonita do que da ultima vez que nos vimos em Hogwarts. – comenta o garoto corando ao elogiar a amiga.

- São seu olhos, mais conte-me como foram suas férias. Nas cartas que trocamos você mencionou que foi para Romênia. – questiona Electra querendo saber mais sobre as férias do melhor amigo.

- Sim, foi para a Romênia durante as ferias. Meu tio Algi toma conta de uma colônia de Chifres Longos Romeno, ate encontrei um dos irmãos do Ron por lá. Não sei se conhece o Carlinhos? – pergunta Neville empolgadíssimo com suas férias.

- Já ouvi falar dele mais não o conheço pessoalmente. Mais conte-me mais sobre a colônia de dragões. – pede Electra e divertindo com o relato das férias do melhor amigo.

Os dois bruxos contaram tudo o que tinham visto e aprontando durante as férias e se divertiam com tudo o que ouviam. Electra estava feliz em ter encontrado o melhor amigo que nem notara o tempo passar, a menina foi tirado de seus relatos sobre as férias pela voz grave de Augusta a avó de Neville que chamara o menino para ir embora.

- Esta ficando tarde, ainda temos que ir ao St. Mungus visitar seus pais. – informa a velha senhora Longbottom para o neto.

- Claro vovó, só vamos me despedir de Electra e já podermos ir. – explica Neville dando mais um abraço na menina que sorri ao ver que em breve veria o amigo.

- Ate breve Neville, espero encontrá-lo no expresso 5972, caso contrário ate Hogwarts. – comenta Electra dando mais um abraço no melhor amigo ao mesmo tempo em que lhe beijo a bochecha esquerda.

- Até Hogwarts Electra. – cumprimenta Neville se despedindo da amiga.

- Ate a vista senhora Longbottom. – cumprimenta Electra educadamente, falando pela primeira vez com Augusta desde que a vira.

- Ate a vista minha cara. – responde Augusta educadamente. – Fiquei muito feliz em conhecê-la, pois meu neto não fala em outra coisa quando esta em casa a não ser a sua maravilhosa amiga, Electra. – comenta Augusta rapidamente deixando Neville envergonhado e Electra curiosa em saber o que seu melhor amigo poderia falar dela.

- Fui muito bom conhecê-la também senhora Longbottom, espero nos vermos em breve. – comenta Electra sorrindo e se despedindo em fim dos dois bruxos a sua frente.

Depois de se despedir de Neville, Electra segue caminhando pelo Diagon-Al atrás de outros amigos ao longo do caminho a pequena Black, cruza com as gêmeas Patil, Dean Thomas e Seamus Finningan, alguns membros do time de quidditch e diversos outros alunos de Hogwarts a qual já avistaram pelo castelo nos anos anteriores. A jovem estava caminhando tranquilamente pela rua quando de choca acidentalmente com Ron e Hermione saindo da Botica, o casal de amigos estava em mais uma de suas infindáveis discussões sobre sabe se lá que assunto que no final terminaria sempre com Hermione reclamando de o quanto Ronald era invencível e o ruivo com um bico enorme por não conseguir entender metade das palavras ditas pela bruxa.

- Claro que o professor Lockhart era um autor de livros fantástico. – defendia Hermione de forma veemente o ex-professor de DCAT.

- Ele era uma farsa, nos contamos isso há você ano passado. – comenta Ron irritado pela menina ainda defender o ex-professor.

- Não importa, ele era um esplendido autor. Os livros dele me faziam acreditar de forma tão intensa naquelas palavras que parecia que a cena estava acontecendo ali, bem na minha frente. – explica Hermione com os olhos brilhantes aos relembrar os livros.

O casal de bruxo continuava a discutir enquanto Electra tentava conter o riso, era muito engraçado ver os dois amigos brigando por uma bobagem como aquela. Depois de longos minutos apenas assistindo a discussão Electra resolve se pronunciar ao ver que aquela briga iria longe, se pondo bem a frente dos dois bruxos a jovem sorri aos ver que eles cessam a briga com sua presença.

- Electra. – exclama Hermione feliz em rever a amiga.

- Olá Hermione e Ronald. Vejo que finalmente notaram que eu estou aqui. – brinca a morena de forma sarcástica ao ver a confusão estampada nos olhos dos amigos.

- Você estava aqui há quanto tempo? – pergunta Ron ao supor que a morena poderia ter periciado a sua briga com Hermione.

- Para ser mais exata, desde o momento que vocês dois saíram da loja. – explica a menina dando um sorriso maroto.

- Har... Merlin, Electra eu juro que não estávamos brigando. E que você conhece o Ronald. – explica Hermione nervosa querendo explicar algo que Electra não compreenderá.

- Calma Hermione eu escutei apenas a parte em que vocês dois falavam sobre os livros do estúpido Lockhart. – explica Electra rapidamente. – Mais qual assunto que vocês dois estavam falando para você ter ficado tão nervosa com a minha pergunta?

- NADA!!! – respondem Ron e Hermione rapidamente, causando ainda mais curiosidade na jovem Black.

- Tudo bem, não irei insistir, mais saibam que quando quero alguma coisa eu sempre consigo. – ameaça Electra dando um sorriso sínico que causa um leve tremor nos amigos.

- Você já viu os Potter? – pergunta Roy tentando mudar o rumo da conversa. O que realmente surtiu efeito, pois ambas as meninas negaram com a cabeça.

Depois da pequena conversa em frente à Botica, os três bruxinhos caminharam em direção a Loja de Animais Mágico de Madame MacDonald, mais antes que conseguissem chegar à velha loja uma discussão no centro do Diagon-Al chamava a atenção de todos.

- NÃO QUERO VOCÊ PERTO DO MALFOY – falam Hermione, Ron e Electra repletos de sacolas enquanto tentavam conter os risos ao verem o jovem Potter bufando de raiva.

- Acho que ela já sabe disse. – explica Hermione se equilibrando com quatro sacolas repletas de livros de cada lado dos braços.

- Se você quer saber a verdade, todo o Diagon-Al sabe disso agora. – explica Ron gargalhando.

- Na verdade Ronald; acho que todos os bruxos da Inglaterra agora sabem. – constata Electra rindo da cara raivosa do namorado.

- Olá pessoal, e tão bom revê-los, como vocês estão? – pergunta Rose fingindo que nada havia acontecido.

- Muito bem, as férias no Egito foram ótimas. – responde Ron rapidamente.

- Digo o mesmo, a França e maravilhosa, descobrir coisas incríveis sobre bruxos que nem sabia que existiam. – conta Hermione empolgada.

- Não tenho do que reclama, o Peru foi o melhor lugar que conheci se pudesse não teria voltado. – fala Electra alegremente.

- Quem bom. – responde Harry sem muita emoção por ainda estar irritado com o ocorrido entre a irmã e Draco.

- Então o que vocês irão fazer agora? – pergunta Electra vendo que o clima ainda esta pesado.

- Vou para o Caldeirão Furado levar os meus livros novos, pois preciso organizar o meu malão. – responde Rose prontamente.

- Eu vou à loja de animais da Madame MacDonald comprar uma coruja, já que sou a única do grupo que não tem uma. – explica Hermione sorridente.

- Vou ajudar a Hermione, a escolher a coruja. – comenta Ron rapidamente querendo arrumar uma desculpa para sair dali.

- E você, o que ira fazer agora? – pergunta Rose olhando para o irmão com um ar desafiador.

- Não lhe interessa. – responde o garoto dando as costas para irmã, sem se importar com os amigos que ali ficaram.

Após a briga entre os gêmeos Electra encarava a melhor amiga atrás de uma responde, Rose finge não ver que os amigos lhe olhavam de forma fixa e procura o meio de fugir olhando para todos os lados atrás de uma saída.

- Acho que ele ainda esta irritado. – comenta Ron ao ver o modo como o amigo os deixou.

- Acho melhor alguém ir falar com ele. – propõem Electra encarando Rose assim como Ron e Hermione estavam fazendo.

- Não olhem para mim desse jeito. Harry tem que entender que ele e meu irmão e não meu pai. Além do mais eu tenho que arrumar o meu malão, ate a vista. – explica Rose dando as costas e indo em direção ao Caldeirão Furado.

- E agora o que iremos fazer? – pergunta Ron após ver a briga entre os gêmeos.

- Nada, eles que são irmãos que se entendem. Eu vou atrás da minha coruja, e você prometeu que iria me ajudar a escolher então vamos. – relembra Hermione de forma autoritária caminhando em direção à loja de animais.

- Acho melhor eu ir atrás dele. – fala Electra para si mesmo após ver seus amigos a deixando sozinha.

Caminhando por todo o Diagon-Al a jovem não encontra o namorado, o que a deixa um tanto triste, pois Electra queria conversa com Harry e assim saber o que havia acontecido entre ele e Rose. Mais sem alternativa a pequena Black teve que deixar o assunto para depois, como havia dito Hermione “Eles que são irmãos que se entendem” afinal não era novidade a briga entre os Potter, e mais comum ainda eram as reconciliações entre os gêmeos que não conseguiam ficar uma hora longe um do outro, com certa ponta de inveja Electra imaginava como seria ter um irmão ou irmã com quem pudesse briga ou apenas conversar essa era um dos maiores sonhos da menina, ficando atrás apenas do sonho de conhecer seu pai. Electra ainda não havia desistido de saber por que o assunto paternidade era mantido em total segredo dentro de sua casa, a jovem já estava ficando irritada com todo esse mistério e estava juntando força para enfrentar os tios e exigir que eles lhe contassem quem fora seu pai.

Perdidas em seus pensamentos, Electra não vira a tarde cair só notara o horário adiantado quando Victor, pois a mão sobre seu ombro chamando-a para ir para casa.

- Anjinha, acho que já compramos tudo o que precisamos. – comenta o bruxo de forma carinhosa ao falar com a sobrinha-postiça.

- Tio Victor. – exclama Electra assustada ao ver o tio parado atrás de si.

- Vamos. – pedi o bruxo estendendo a mão para a menina que sorri após o gesto.

Os dois bruxos caminham em direção à entrada do Diagon-Al, ao passar em frente ao Empório de Coruja, Madeleine se junta ao dois com sua nova Coruja do Deserto. A bruxa parecia uma adolescente com seu novo bichinho de estimação que a todo o momento soltava o seus irritantes piados. Electra sorria ao ver o quanto sua tia estava feliz com aquele animal, pensando um pouco a jovem Black questionava-se se aquele não seria o momento perfeito para começar a sua busca.

“Há tia Madeleine, aproveita em quanto pode. Pois assim que chegarmos em casa em não lhe deixarei em paz. Vamos ver ate quando a senhora conseguira esconder quem e o meu pai”.