Finalmente livre, ou melhor, parcialmente
livre. Durante esses doze anos em que vive naquele inferno só duas coisas me
faziam ter esperança: primeiro era a certeza da minha inocência, e a segunda
era cumpri a minha promessa.
Há treze anos prometi ao meu melhor amigo e
irmão que iria cuidar dos seus filhos como se eles fossem meus. Admito que
falhei na minha missão, mais porque me deixei levar pela raiva e sede de
vingança em querer matar aquele que um dia considerei como um grande amigo. AMIGO. Essa era uma palavra que aquele
traste nunca seria digno de receber.
Peter Pettigrew ou como gostávamos de chamá-lo
Wormtail, agora eu vejo que esse sim e um nome perfeito para aquele rato. Em
pensar que eu desconfiei do pobre Remus por causa de sua Licantropia. Moony e
sem duvidas mais merecedor de confiança do que aquele imprestável.
Mais agora ele vai descobrir o que é um bruxo
vingativo, se antes eu desejava matá-lo por ter traído nossos amigos, levando
Voldemort ate o esconderijo de James e Lily. Agora a minha vingança se tornou pessoal,
passei os últimos 12 anos da minha vida imaginando o que faria com Peter se ele
tivesse sobrevivido. E qual não foi a minha surpresa ao ver estampado na
primeira pagina do Profeta Diário, que peguei emprestado do Ministro em sua
ultima visita àquela prisão, a foto do meu
querido amigo Peter Pettigrew, o imbecil havia assumido a sua forma de
animago, e vivera feliz com a família Weasley nesses últimos 12 anos, enquanto
eu fiquei trancafiado nessa prisão pagando por um assassinato que ainda não cometi. Mais como sempre Peter
demonstrou a sua falta de inteligência ao se revelar. Claro que ninguém
desconfiaria de um pobre rato de estimação, mais eu convivi com aquele imbecil
por tanto tempo jamais esqueceria de sua forma animaga.
E já que ele queria brincar, de gato e rato. Vamos
trocar os personagens da historia, que agora a jogo, e entre um rato imundo e
um cão vingativo.
Peter Pettigrew o que e seu está tão próximo de acontecer.
(...)
Era uma noite fria logo o inicio de agosto, a
névoa cobria a prisão de Azkaban, dando ao lugar um ar ainda mais tenebroso do
que de costume. Como o habitual, dois guardas bruxos faziam ronda por entre os
corredores para verificar se os prisioneiros ainda estão vivos.
- Hora de dormir Black, apague sua tocha. –
pede um guarda passando pelo lado de fora da cela de Sirius.
Mais diferente dos outros dias Sirius não
respondeu, silenciosamente o guarda se aproxima da cela do prisioneiro tentando
avistá-lo, mais ao invés de Sirius o bruxo encontra um enorme cachorro preto
que pula em seu rosto.
- Aharrr... sai daqui seu pulguento. –
esbraveja o guarda se levantando num pulo ao mesmo tempo em que lança um
feitiço avisando sobre a fuga de Sirius.
Aproveitando que os guardas estavam ocupados,
Sirius corre o mais rápido que as suas patas animagas conseguem, em menos de 3
horas o bruxo já não avistava Azkaban e em fim pode voltar a sua forma humana,
para com isso poder aparatar.
Sem saber para aonde ir Sirius vai para o
povoado de Green Earth aonde poderia encontrar Andrômeda, sua prima favorita. Era
certo que ele não poderia aparecer repentinamente na casa da bruxa, primeiro
Sirius teria que analisar como era a rotina dela para depois pedir-lhe ajuda.
Uma semana depois
Era hoje, depois de dias olhando a casa de
Andrômeda, Sirius finalmente já sabia a rotina dela de cor, pela manha Drom
tomava café com o marido e a filha, depois os dois iam trabalhar deixando a
prima sozinha, era nesse momento que Andrômeda começava os seus afazeres
domésticos como preparar o almoço, varrer a casa, estender as roupas ou cuidar
do jardim, Sirius ficou encantado ao ver lindo canteiro de prímulas[1],
as pequenas florezinhas eram as favoritas de Andrômeda desde que ela uma
garotinha.
Sem fazer barulho Sirius se aproxima de Andrômeda
que estava abaixada cuidando das plantinhas.
- Continuas tão bela quanto da ultima vez que
nós vimos. – cumprimenta Sirius educadamente.
Andrômeda se assustada com a voz conhecida e
deixa cair o regador sobre os próprios pés.
- Vejo que continua sendo a bruxinha
desastrada de sempre. – brinca Sirius encarando a prima.
- SIRIUS!!??
– pergunta Andrômeda descrente.
- Olá Andrômeda. – cumprimenta Sirius
rapidamente indo em direção à prima que desmaia com o susto.
Rapidamente Sirius carrega a prima para dentro
da casa, entrando pela porta da cozinha o bruxo vai em direção à sala e
deposita Andrômeda no sofá. Depois de socorrer a prima Sirius vai ate a cozinha
tentando pegar um pouco de água para dar a Andrômeda quando a mesma acorda-se,
remexendo em todos os armários o bruxo acha um copo e leva ate a pia onde o
enche de água e volta para a sala aonde encontra uma Andrômeda já desperta.
- SIRIUS!!??
– questiona Andrômeda ainda confusa.
- Se eu disser que sim, você promete não
desmaiar de novo Drom? – pergunta Sirius preocupado com a prima.
- Por Merlin, Sirius e você mesmo. – grita
Andrômeda correndo para abraçar o primo.
- Não consigo acreditar. Como isso aconteceu?
Ou melhor, quando aconteceu? Eu sempre soube que você era inocente, quando foi
que lhe soltaram? – pergunta Andrômeda acariciando o rosto de Sirius sem se
importar com a aparência imunda do mesmo.
- Eu fugi de Azkaban, Andrômeda. – explica
Sirius afastando a prima.
- Como você conseguiu? Afinal isso e
impossível com todos aqueles Dementadores plantados nos três cantos daquela
prisão. – questiona Andrômeda perplexa com a fuga do primo.
- Não posso lhe contar, vim apenas para
revê-la, nunca escondi de ninguém que você era a única da família de quem eu
gostava. – comenta Sirius esboçando um pequeno sorriso.
- Errado. Você amava Electra. – comenta
Andrômeda tristonha.
- E verdade, Electra e um nome que sempre me
persegui por pertencer a algum que eu amava e não pode proteger. – se lamuria
Sirius prendendo as lagrimas.
- Eu sei o quanto deve ser difícil, ela foi
tirada de você de uma forma tão cruel. – comenta Andrômeda secando uma lagrima
solitária que corria pelo rosto de Sirius.
- Às vezes sozinhos em Azkaban, eu pensava
como seria a minha vida se ainda teve-se, ela comigo. – fala Sirius com os
olhos sonhadores.
- Ela está com você, aonde quer que você vá
meu querido, não importa o quão sozinho esteja ela sempre estarão lá para
acompanhá-lo e protegê-lo. – explica Andrômeda confortando o primo.
- Tem vezes que eu penso, se tivesse ficado em
casa, em vez de ir morar com tia Dorea, talvez ela estivesse viva. – comenta
Sirius pensativo.
- Nós nunca iremos saber. Mais ainda acho que
foi muito bonito da sua parte ter decidido colocar o nome da sua irmã no seu
filho, claro se fosse menina. – explica Andrômeda rapidamente. - Ate hoje não
consigo acreditar que tia Walburga foi capaz de matá-la. Matar a própria filha,
e crueldade de mais ate para ela. – comenta Andrômeda relembrando o triste
fato.
- Meus pais nunca aceitaram o fato da minha
irmã ser um aborto, para eles isso macularia a imagem dos Black perante a
sociedade bruxa. – explica Sirius magoado com a atrocidade cometida pelos pais.
- Mesmo depois de tantos anos, ainda não
acredito que eles a mataram. – questiona Andrômeda ainda desacreditando na
morta da prima mesmo depois de 16 anos.
- Meda, se Electra viveu ate os dois anos fora
pelo simples motivo de que eu estava lá para protegê-la. Meu pai nunca aceitou
o fato de com apenas dois anos minha
irmã não demonstrar nenhum resquício de magia, para ele isso era o cumulo,
afinal todos os Blacks demonstram magia antes dos seis meses de idade. –
explica Sirius secando uma lagrima solitária. – Me arrependo todos os dias por
não ter ficado lá para protegê-la, mais não aguentava mais meu pai querendo me
abrigar a casa com Bellatrix e me juntar àquela corja de Comensais da Morte.
- Entendo. Mais você não teve culpa. Todos
sabiam que era inevitável e mais dia menos dia tio Orion tentaria se livrar
dela. – comenta Andrômeda entristecida.
- É e por isso que me culpo Andrômeda, me
entenda. Eu não estava lá quando Electra ou Regulus precisaram de mim, que tipo
de irmão mais velho eu sou? Eu também não estava quando Marlene e meu filho
precisaram de minha proteção ou quando meus melhores amigos precisaram de minha
ajuda. Mais agora isso vai mudar, o que eu não pude fazer por eles, irei fazer
pelos meus afilhados, o amor que não pude dar ao meu filho (a) darei a eles. A
proteção que não pode dar aos meus irmão darei aos filhos de James e Lily essa
e uma promessa que eu vou cumprir. – desabafa Sirius cansado.
- Eu tenho certeza que sim, e sabe que pode
contar comigo para o que for. – diz Andrômeda apertando as mãos de Sirius.
- Obrigado Andrômeda, eu posso não ter estado
presente para os meus irmãos, mais saiba que sempre estarei aqui por você. –
explica Sirius abraçando a prima carinhosamente.
Após a conversa com a prima, Sirius se
inteirou de tudo o que ocorrer nesses últimos 12 anos que ficara trancafiado em
Azkaban. O bruxo ficou feliz em saber que Ted havia sido promovido para o posto
de chefe da Seção de Catástrofes e Acidentes Mágicos no Ministério da Magia,
mais logo depois Sirius ficou apreensivo ao saber que Nymphadora a filha única
de sua prima Andrômeda era uma aprendiza de Auror, o bruxo temeu que a visita
de um foragido de Azkaban pode-se atrapalhar na futura carreira da jovem.
Sirius ainda lembrava-se da pequena garotinha de cabelos azul-elétrico e olhos roxos
com quem ele brincava na antiga Mansão dos Potter, afinal antes de todas as
desgraças lhe abaterem, tanto Sirius, como Ted e ou outros bruxos membros da
ordem se reunião na Mansão pertencente aos pais de seu melhor amigo James.
Era normal em meio a todas as reuniões que
planejavam quais seriam os novos embates entre os membros da ordem e os
comensais da morte, os adultos serem interrompidos, pelos gritos da pequena Nymphadora
e dos meninos Weasley. As seis crianças corriam pela casa gritando e dando
gargalhadas ao mesmo tempo em que davam um novo animo aos mais velhos, ao ver
um motivo ao qual lutar.
Os dois bruxos tiveram uma tarde longa e
prazerosa, pois conseguiram matar as saudades que estavam um do outro, mais
como Sirius sabia Ted e Nymphadora chegavam em casa todo dia as 20:00 em ponto
e para não comprometer Andrômeda e nem assustar aos outros dois bruxos que
moravam na casa Sirius partiu prometendo a prima que assim que pudesse voltaria
a visitá-la.
Assim que sai da casa de Andrômeda, Sirius
resolveu ir para Hogsmead ver como estavam as coisas no vilarejo bruxo e assim
encontra um lugar seguro aonde poderia se esconder ate o momento do seu
esperado reencontro com Pettigrew. Como já previra o vilarejo estava tomado por
Aurores e Dementadores, que vasculhavam todos as casas e lojas atrás de alguma
possível pista que ajuda-se a encontrá-lo, mais como sempre Sirius estava a um
passo a frente e andava pela cidade tranquilamente em sua forma animaga sem
desperta nenhuma suspeita. Passado alguns dias o bruxo encontrou o lugar ideal
para se esconder ate momento em que poria as mãos em Pettigrew.
Foi com muita alegria que Sirius retornou na
velha Casa dos Gritos, local considera por muitos o mais assombrado de toda a Londres.
O bruxo sorri ao lembra a mentira que ele e os amigos, com o apoio sólido de Dumbledore
espalharam por entre todos moradores de Hogsmead. Sirius ainda lembrava-se do
velho diretor convencendo todos os fantasmas de Hogwarts a não frequentarem o
local, pois os fantasmas que habitavam na mansão eram os mais cruéis que ele
tinha vista em toda a sua longa vida. Para Sirius e os Marauder havia ficou a feliz
missão de espalhar entre todos os alunos e os habitantes do Hogsmead as
diversas historia sobre os fantasmas e bruxos que eram torturados todas as
noites na velha mansão McAshton que em pouquíssimo tempo recebeu o carinhoso
apelido de “A Casa dos Gritos”, por causa dos uivos de Remus e Sirius em seus
momentos de diversão, James também fazia a sua parte cavalgando o mais rápido que
podia e dando galhadas e todos os móveis para que assim a mentira soasse mais
verdadeira.
Sirius estava na Casa dos Gritos, á pelo menos
uma semana quando resolveu fazer uma visitinha a Little Whitning, o bruxo teve
pressentimento de que os seus afilhados poderiam estar precisando de sua ajudar
e rapidamente aparata indo em direção ao vilarejo. Era noite quando Sirius já
em sua forma animaga tem estranha visão de uma mulher saindo pela janela da
casa dos Dursley. O bruxo percebe que algo de ruim tinha ocorrido, pois gritos
estridentes e barulhos de coisas se espatifando eram ouvidos do lado de fora,
poucos minutos depois, Petúnia apareceu na soleira na porta sendo acompanhada
por um homem rechonchudo. Sirius não lembrava muito do rosto do marido de
Petúnia, mais era impossível esquecer a cara de cavalo que a irmã de sua melhor
amiga possuía. O casal sai num rompante porta a fora correndo rua a baixa,
atrás estranho balão em forma humana.
Mesmo de longe o Black permanece no mesmo
local vigiando a casa dos Dursley quando, a porta e aberta novamente e um casal
de jovens passa por ela. O bruxo se espanta ao rever os afilhados, mesmo de
longe dava para percebe o quando eles tinham crescido. Harry era a cópia exata
de James tirando, os olhos verdes que herdara de Lily; já Rose era a mistura
perfeita entre os dois, a jovem possui os olhos verdes e o boca pequena como a
de Lily, tendo o nariz fino e empinado como o de James e para terminar a menina
possuía os grossos cabelos negros e lisos idênticos ao pai, que iam caindo ate
o meio da costa.
Sirius acompanha o trajeto feito pelos
garotos, pois pelo que tudo indicava os irmãos estava fugindo de casa para
sabe-se lá Merlin onde. Como havia prometido o bruxo os segue tentando
viajá-los e quem sabe se necessário protegê-los de algo que pudesse os atacar.
Os três caminham por pelo menos meia hora, ate os gêmeos pararem no ponto de
ônibus a quatro quarteirões depois da casa dos Dursley. Vendo que os gêmeos
resolveram descansar Sirius ainda na sua forma animaga senta entre uma pequena
brecha entre duas casas do outro lado da rua aonde os irmãos pararam.
O bruxo fica escondido entre as sombras por
bastante tempo, apenas vigiando os afilhados, Sirius não sabia ao certo porque
mais resolveu sair da escuridão onde estava escondido e assim poder analisar
melhor as crianças. O problema foi que no exato momento em que cometeu essa
ação os olhos dos gêmeos pousaram os olhos sobre ele. O bruxo sabia que estando
em sua forma animaga ele causava um certo espanto em que o olha-se e era
exatamente isso o que estava ocorrendo, pois os gêmeos se afastaram do banco em
que haviam sentado para poder impor uma distancia dele. Mais infelizmente por
causa do medo Rose tropeça e Sirius corre em sua direção temendo que a menina
tivesse machucada. A afilhada corre em disparada seguindo o irmão, Sirius já
estava próximo a Rose continua a correr, faltava pouco menos que cinco metros
os separando quando a menina foi ao chão novamente. O bruxo estanca no local
aonde havia parada esperando a reação da garota, que para o espanto do bruxo,
não nega o sangue e tenta lhe atacar apontando-lhe a varinha.
Sirius encarou fixamente Rose já prevendo
algum feitiço estuporante como James sempre fazia ao ser ver em apuro, mas foi
surpreendido pelo feitiço Lumus, que
a jovem lançara tentando assim ver o que a estava perseguindo. Era incrível o
quando Rose parecia com Lily nesse momento, sua grande amiga sempre analisava
primeiro antes de atacar. No mesmo momento em que a menina estendeu o braço com
a varinha em punho um enorme ônibus roxo surgia na frente da garota ninguém
sabia de onde.
Aproveitando a distração da menina Sirius
volta para o seu antigo esconderijo de onde os gêmeos não podiam avistá-lo, o
bruxo acompanha calmamente os gêmeos embarcando no que pela que tudo indicava
era um transporte tipicamente mágico e em poucos segundos desaparecer de vista.
Sirius esperava profundamente que os afilhados
estivessem seguros agora. E sem mais delongas retorna para o seu esconderijo em
Hogsmead.
Nós reencontraremos em breve crianças. – pensa Sirius antes de aparatar.
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