Capitulo 6 – Presságios de morte
Depois da
inusitada vista do Dementador a cabine, o tempo passara mais rapidamente e
antes que Rose percebe-se já estava desembarcando na estação de Hogsmead.
Calmamente a jovem caminha em direção as carruagem que os levariam ate
Hogwarts, a menina não estranhava mais os esquisitos cavalos que puxavam a
carruagem e que ninguém mais, além dela mesma e o irmão viam. Rose estava mais
concentrada em querer lembrar onde conhecia a jovem de longos cabelos vermelhos
e intensos olhos verdes que surgir não se sabe de onde em sua mente no exato
momento que vira o Dementador que mal percebera a confusão que estava a sua
volta.
- Cala boca
seu imbecil. – grita Harry sendo contido por Ron e Neville.
Ao encarar a
confusão Rose percebe que Harry e Draco discutiam por algo que a jovem não
sabia exatamente mais ao escutar as palavras de Draco compreendeu o porquê da
briga.
- Então
desmaiou por causa de um dementadorzinho?! Como você e fraco Potter, não e
possível que nem uma coisinha daquela lhe de tanto medo. – desdenha Draco rindo
enquanto Crabbe e Goyle riam de forma forçada acompanhando o líder da gangue slytherin.
- Você e um
idiota Malfoy, tenho certeza que os dementadores também te assustaram. –
exclama Hermione irritada com o jovem.
- Ninguém
pediu a sua opinião, sangue ruim. – comenta Draco cuspindo no chão após ofender
Hermione.
- Como ousa
chamar ela assim. – grita Ron indo para cima de Draco que prontamente se
esconde atrás de seus capangas.
Rose que
assistia a tudo muda, não conseguia entender como Draco poderia ser assim tão
diferente. Estando com ela, o jovem Malfoy era doce, carinhoso, divertido e
inteligente. Com as outras pessoas ele mostrava a sua verdadeira face, um Draco
arrogante, superficial e idiota que pensava que por ter sangue puro era melhor
do que os outros. A jovem Potter não entendia como isso era possível, parecia
que existiam dois Dracos em um só corpo.
Vendo que a
briga entre os grupos não terminava Rose resolve interferir e assim por fim a
confusão.
- CHEGA!!! – grita a menina ao ver os
grupos atracados.
Ron e
Electra estavam em cima de Goyle lhe socando todos os pontos do corpo possível.
Enquanto Neville e Hermione tentando lutar contra Crabbe que não movia um único
passo mesmo levando vários chutes, e socos no estomago, o jovem parecia não
sentir nada. Harry e Draco estavam atracados dando socos um no outro de forma
furiosa parecia que ambos queriam se matar o mais rapidamente possível. Os
oitos jovens estavam completamente descompostos, roupas fora do lugar, cabelos
desarrumados.
Da boca de
Neville escorria um filete de sangue, assim como em Draco que também estava com
o olho esquerdo meio avermelhado devido um soco dado por Harry. Electra e
Hermione estavam com os cabelos em pé como se tivessem acabado de tomar um
choque de 5.000volts, Ron estava com a boca ensanguentada devido a um soco dado
por Electra em Goyle que acabou errando o alvo. Os capangas de Draco estavam
num estado igual ou ate pior que os dos amigos de Rose; Goyle estava do os dois
olhos vermelhos e cuspia sangue, a jovem Potter vira o rapaz cuspir dois dentes
em meio ao sangue. Enquanto Crabbe estava tentando inutilmente ficar de pé,
após a sensação pancadaria o jovem perdera a posse de inabalável e agora
demonstrava através da sua tontura iminente o quanto tinha sido machucado, o
gorila-slytherin estava curvado contra o abdômen tentando fazer pressão em
alguns machucados que lhe importunava, sua camisa azul-escura estava com
diversas manchas de terra, grama e duas pequenas manchas de sangue mostrado que
Neville e Hermione o machucaram verdadeiramente.
Rose fica
chateada com o que estavam vendo, mais seus olhos ainda estavam em Harry, o
garoto e estava curvado contra o próprio corpo, os dedos quase tocando o chão,
a menina olha apreensiva para o irmão, mais antes que conseguisse perguntar o
que Harry estava sentindo o jovem cai no chão desmaiado.
- HARRY!! – grita Rose correndo em
direção ao irmão caído no chão úmido.
O grupo que
assistia a cena rapidamente reagia ao ocorrido, Ron, Electra, Neville e
Hermione se postaram ao lado de Rose que estava em desespero tentando acordar o
irmão. Enquanto o trio slytherin sai de mansinho como se nada tivesse
presenciado.
- Harry,
acorda. Por favor, acorda Harry, não me deixa aqui sozinha você prometeu que
nunca iria me abandonar. Acorda. – pedi Rose em desespero em meio a lagrimas
por ver seu irmão desmaiado.
- Ele esta
gelado. – comenta Neville pegando o pulso do amigo.
- Será que
ele morreu? – pergunta Ron de forma temerosa.
- Cala a
boca Weasley, Harry não morreu, ele está apenas desmaiado. – grita Electra
querendo verdadeiramente acreditar que o namorado estava vivo.
- Vou
procurar por socorro, quem sabe Hagrid ainda não tenha embarcado todos os
alunos do primeiro ano. – fala Hermione correndo em direção oposta a do
castelo.
Rose que senta
no chão e coloca a cabeça do irmão sobre o colo enquanto acariciava os cabelos
negros de Harry. A menina estava com medo de que o pior tivesse acontecido, Rose
não sabia exatamente o que ocasionara o súbito desmaio de Harry, mais já se
culpava por isso, pois se ela tivesse intervindo antes naquela briga, o garoto
poderia esta agora aos cuidados de Madame Pomfrey na ala hospitalar de
Hogwarts.
Em pouco
tempo Hermione retornou acompanhada pelo bruxo que estava a pouco com eles na
cabine do trem, sem nenhuma cerimônia o velho bruxo pega Harry no colo e o leva
ate a ultima carruagem que os esperava há alguns minutos. Rapidamente o novo
professor e o grupo de alunos seguem ate o castelo de Hogwarts aonde são
recebidos por Madame Pomfrey e a professora McGonagall.
(...)
- Recebemos
a sua coruja, Remus, o que houve? – pergunta Minerva preocupada ao ver o jovem
desmaiado.
- Não sei
explicar exatamente o que houve Minerva, mas ainda a pouco esse jovem fora
atacado por um dementador. Assim como aquela mocinha ali, e a outra que desmaiou
logo após o surgimento daquela criatura em nossa cabine. – explica o professor
apontando para Rose e Electra respectivamente. – Como precaução dei lhes um
pedaço de chocolate para cada um.
- Então quer
dizer que acertamos dessa vez. – questiona Madame Pomfrey que havia ficado
calada durante toda a conversa. – Um professor de Defesa Contras as Artes das
Trevas, que sabe como se agir quando as trevas o atacam. – comenta a velha
enfermeira sorrindo para o novo professor.
- Acho que
sim. – responde Lupin sem jeito, depositando Harry sobre um dos leitos.
- Obrigado
por trazê-lo professor agora deixe-o comigo. – pede a velha enfermeira indo
verificar a pressão de Harry e seus machucados.
A enfermeira
começa a examinar Harry e os outros com o máximo de cuidado. Ron teve que levar
três pontos no lábio inferior na parte esquerda devido ao soco dado por
Electra, Neville não teve nenhum dano a não ser a boca levemente inchada Electra
e Hermione estava em perfeito estado.
- Pronto
crianças, já estão liberado para irem embora. – comenta Madame Pomfrey dando um
pequeno sorriso para os três bruxinhos a sua frente.
- Weasley,
Granger e Longbottom podem se retirar, pois pelo que eu ouvi os três não
sofreram nenhum ataque grave. – pede Minerva se encaminhando para saída da ala
hospitalar.
Após a saída
a professora o três a seguiram de perto deixando apenas os gêmeos e Electra na
enfermaria junto com Madame Pomfrey. A jovem Black após ser examinada foi
liberada pela enfermeira com uma expressão de alivio ao ver a menina cruzar a
porta. Rose olhou para as duas e prendeu o riso ao imaginar o que a amiga havia
aprontado para a enfermeira fazer aquela cara.
- Como ele
esta? – pergunta Rose preocupada ao ver que Harry permanece desacordado.
- Não se
preocupe querida, ele está bem. Esta apenas dormindo, seu irmão fui muito
forte, poucas pessoas enfrentam um dementador de frente e permanece de pé para
uma luta. – comenta a velha bruxa acariciando os cabelos negros de Rose.
- Mais ele
ainda não acordou. – questiona a menina ainda descrente na melhora do irmão.
- Após
examiná-lo, ministrei uma pequena dose de poção do sono para que seu irmão
pudesse descansar e se recuperar melhor dos ferimentos, por esse motivo que ele
continua dormindo. – explica a enfermeira docemente.
- Que bom,
agora finalmente me sinto aliviada, ele vai dormir aqui essa noite? – pergunta Rose
curiosa.
- Claro que
sim, e aconselho que você também deve passar a noite aqui. Ainda não compreendi
como a senhorita esta de pé ate agora. Não só o professor Lupin quanto o seu
amigos me confirmaram que vocês dois estavam de frente para o dementador. E ate
agora você esta de pé em perfeito estado. – questiona Madame Pomfrey tentando
achar uma resposta plausível para Rose ainda esta de pé após toda a confusão.
- Acho que
sou mais forte que ele. – brinca Rose apontando para o irmão que dormia em sono
solto.
- Quem sabe,
mais agora e melhor a senhorita descansar. – fala Madame Pomfrey terminando de
arrumar o leito ao lado do de Harry.
- Boa noite
Madame Pomfrey. – fala Rose educadamente, se deitando na cama preparada pra ela.
- Boa noite
querida, e bons sonhos. Amanha cedinho eu venho ver como vocês dois estão. –
comenta a enfermeira dando as costas.
Rose
aproveita que a velha bruxa a deixou sozinha na enfermaria e se levanta da cama
indo deitar ao lado do irmão. Harry estava com um rosto sereno como se tivesse
tendo o melhor sonho de toda a sua vida, a jovem Potter fica velando o sono do
irmão por tanto tempo que não nota a estranha luz que adentra a ala hospitalar.
Um vulto translúcido e extremamente brilhante vinha se aproximando da cama dos
gêmeos.
Ao para nos
pés do leito o vulto gradativamente fui tomando uma forma humana. Rose
continuava a velar o sono do irmão quando sentiu a estranha sensação de estar
sendo observada, ao olhar para onde a origem da sensação vinha à jovem se
depara com a mesma mulher que estavam atormentando a sua mente. A menina
arregala os olhos ao ver a jovem parada aos pés da cama, e estranha o fato de
não ter escutado a sua aproximação e muito menos as reclamações de Madame
Pomfrey de por alguém visitar a ala hospitalar sem a sua permissão.
O jovem
permanecia a fitando os gêmeos de uma forma terna, e ao ver Rose a analisando
abre um pequeno sorriso. O que fez a pequena Potter sentir um calor no peito
como se aquela mulher fosse alguém muito importante para ela.
- Quem e
você? – pergunta Rose ainda confusa em não se lembrar de onde conhecia aquela jovem.
A moça
demonstrar tristeza ao ouvir aquela pergunta a nada diz, Rose olha uma estranha
lágrima prateada rola o rosto da garota e sente uma enorme necessidade de
secá-la e dizer que ela não precisava chora. Era estranho mais a jovem Potter
queria se aproximar da estranha desconhecida que lhe era tão família.
- Eu lhe
conheço de alguém lugar, só não consigo lembra onde. – questiona Rose encarando
fixamente a moça.
- Deixe suas
lembranças e seu coração falarem e saberá quem sou. – explica a jovem de forma
doce e sussurrada.
Rose arregala
os olhos ao escutar aquela voz, e encara novamente a bruxa a sua frente. E só
então percebe o quão tola havia sido não era preciso ser nenhum gênio ou
adivinho para saber que aquela a sua frente era ninguém menos que Lily Potter, sua amada mãe. Se culpando
por ter feito a mesma chorar Rose sai da cama num pulo e vai em direção a Lily
para abraçá-la.
- MAMÃE!? – questiona Rose ainda duvidosa,
enquanto enterrava o rosto no peito de Lily.
- Minha
querida!! E tão boa vê-la novamente. – exclama Lily beijando o topo da cabeça
de Rose.
- Eu senti
tanto a sua falta, queria tanto que a senhora estivesse aqui. – fala Rose entre
lagrimas, soltando um choro não contido pela saudade.
- Eu estou
aqui querida, sempre estive. Não a um só dia que eu não vê-lhe por você e seu
irmão. – comenta Lily consolando Rose que chorava compulsivamente.
- Tenho
tanta coisa que eu queria lhe contar, tantas coisas que eu queria que a senhora
me explica-se, tinha vezes eu queria apenas lhe abraçar e sentir que sou amada
de verdade. – fala Rose mais calma secando as lagrimas.
- Eu sei querida,
mais não precisa se sentir assim. Mesmo sem seu pai e eu aqui para protegê-la,
você e muito amada, não sou pelo seu irmão que e capaz de tudo por você. Como
também por seus amigos e outras pessoas que lhe querem bem. – explica Lily
encarando a filha pela primeira vez após o abraço.
- Mais eu
queria que a senhora estivesse aqui, a senhora e o papai fazem muita falta. –
comenta Rose encarando os olhos verdes exatamente iguais aos seus.
- Mais
infelizmente não estamos. Mais não quer dizer que lhe abandonamos, tanto eu
quanto seu pai estamos sempre aqui com vocês. – explica Lily colocando a mão
sobre o coração de Rose.
Rose abraça Lily
novamente aproveitando ao máximo esse momento com a mãe. A menina não tinha a
menor noção do que era aquilo. Se era real, uma alucinação ou apenas um sonho. Rose
estava tão feliz em ter Lily tão perto, pelo menos dessa uma vez que não se
importava com mais nada além da gaiola formada pelos braços protetores de sua
mãe. A jovem estava tão presa aquele momento que só percebe que ele esta no fim
quando escuta alguém lhe chamar.
‘Rose’ –
chama uma voz familiar a qual Rose não sabe de onde vem.
- Eu preciso
ir. – anuncia Lily com um semblante triste, enquanto dava um último beijo no
topo da cabeça da filha.
- Quando eu
vou lhe ver de novo? – pergunta a menina triste por seu encontro esta próximo
do fim.
- Em breve.
– comenta Lily sorrindo dando as costas para Rose e caminhando em direção à
porta da ala hospitalar.
Do mesmo
modo como havia surgindo, Lily foi se desfazendo em formando uma indefinida
nevoa translúcida e brilhante que ao atravessar a porta da enfermaria desapareceu.
‘Rose’ –
chama a mesma voz que havia interrompido, a momentos atrás o encontro entre com
Lily.
A jovem
olhava para todos os lados e não sabia quem estava lhe chamando, era estranho
mais a voz parecia vir do teto da ala hospitalar, e ao olhar para cima Rose
sente-se sendo levada para um túnel escuro e cumprido que a estava sacolejando
muito. Antes que entrasse em desespero a menina vê uma luz não muito longe e
logo em seguida a imagem de Harry a olhando assustado.
- ROSE!!! – chama Harry sacudindo a irmã
impaciente.
- HARRY?! – questiona Rose
confusa sem entender nada do que estava acontecendo
- Graça a
Merlin, estava tão preocupado, já iria chamar Madame Pomfrey para dar uma
olhada em você. – comenta o garoto com um semblante mais tranquilo ao ver a
irmã acordada.
- O que
houve? – pergunta Rose confusa, se sentando na cama.
- Eu acordei
e você estava dormindo do meu lado, mais repentinamente começou a chora e chama
pela mamãe. Fiquei muito preocupado achando que você estava tendo algum
pesadelo e tentei lhe acorda mais não estava surtindo muito efeito. – explica
Harry sem jeito por ter acordado a irmã de forma tão brusca. – Então agora que
esta acordada me diga com o que aconteceu. Porque esta aqui? Porque estava
chorando? – questiona o garoto com um semblante preocupado.
- Não era
nada, não a com o que se preocupar. Não era pesadelo, pelo contrario era um sonho muito bom. – explica Rose beijando
a bochecha do irmão, e mudando de assunto rapidamente. - Vou falar com Madame
Pomfrey e pergunta se já podemos sair. – comenta a menina saindo da cama num único
pulo e indo atrás da enfermeira.
Após mais
uma analise minuciosa de Madame Pomfrey, a velha bruxa assinou os atestados de
liberação dos gêmeos. Rose achou melhor não contar a Harry sobre o sonho que
tivera, a jovem temia magoar o irmão ao mencionar que Lily a visitara mesmo
sendo apenas um sonho. Rose sabia que o melhor a fazer seria ocultar o fato,
pois assim Harry não se sentiria excluído pela mãe.
Pouco depois
os gêmeos foram liberados, ambos seguiram em direção ao salão principal. Rose
lembrara ao irmão que por terem dormido na ala hospitalar não saberia qual
senha estava sendo utilizado para a abertura da porta do dormitório da gryffindor,
o menino mesmo a contra gosto resolveu seguir o pedido dar irmã e a acompanhou
ate o salão.
Mal pisaram
no salão e todos os olhos se viraram para os irmãos, conversas diversas eram
sussurradas em todas as mesas e muitos alunos ainda tinham a audácia de apontar
para eles enquanto cochichavam, não era preciso ser nenhum gênio para saber que
os Potter eram novamente o assunto em pauta dos corredores de Hogwarts. Harry
pega a mão da irmã e a arrasta em direção a mesa da gryffindor onde os amigos
estavam sentados.
Rose olhava
mortalmente para Pansy Parkinson que imitava um falso desmaio sobre os braços
de Draco, logo após ter visto Harry cruzar a porta principal. A jovem Potter
estava pouco se importando em ver o namorado abraçando outra garota, Rose
queria realmente era retalhar a jovem slytherin, que simulava uma situação que
não era nem um pouco cômica. A menina estava furiosa e queria tirar satisfações
com a rival por ousar denegrir a imagem de seu irmão. Querendo assim que os
alunos acreditassem que Harry era um frouxo por não ter conseguido lutar contra
um dementador.
- Concorda
comigo Rose? – questiona Electra ao lado da jovem.
Só nesse
momento Rose percebe que todos a estavam olhando, a menina estava tão cega pela
raiva que não percebera que seu irmão e amigos estavam falando com ela sobre um
assunto que a jovem não tinha a menor noção do que se tratava.
- Então você
concorda? – pergunta Electra novamente.
- Acho que
sim. – responde Rose fingindo saber do que se trata.
- Estão
vendo ate Rose concorda que Dumbledore está maluco, em ter posto Hagrid como
professor de Trato de Criaturas Mágicas. Hagrid e louco, vocês já tentaram
abrir aquele livro assassino que ele pediu? – pergunta Electra comendo uma tortinha
de abobora.
Os amigos
continuam a conversar enquanto a jovem Potter tentavam entender o que eles
falavam. Rose olhava para todos e acenavam com a cabeça sempre que pediam a sua
opinião. A menina sabia que não era correto fingir entender um assunto a qual
não tinha nenhuma noção, mais antes que fizesse alguma bobagem Harry veio ao
seu socorro sem nem mesmo saber.
- Vamos que
ainda faltam 30 minutos para começam a aula de adivinhação. – comenta o garoto
se levantando.
- E verdade
ainda nem peguei o meu material. – constata Rose levantando da mesa e seguindo
o irmão rapidamente para o dormitório da gryffindor.
Os gêmeos
vão ate o dormitório pegar suas coisas, enquanto os amigos terminavam os seus
devidos cafés da manha. Com todos os materiais em mãos o casal de irmãos segue
em direção à torre norte do castelo. Rose olhava para todos os lados tentando
memorizar o caminho ate a nova sala já que teria que repeti-lo duas vezes na
semana durante o resto do ano. Os dois caminhavam por um longo tempo sem ter a
menor noção de onde estava indo, Rose via que a cada passo dado mais perdidos
nos corredores de Hogwarts ela e o irmão ficavam. Era estranho mais a jovem se
sentia tranquila mesmo estando perdida, se fosse a qualquer outro lugar há essa
hora a pequena Potter já estaria agarrada ao braço do irmão como sempre fazia
quando o perigo os confrontava. Mais em Hogwarts era diferente, mesmo perdida Rose
sabia que estava a salvo que nada de ruim e perigoso iria lhe ocorrer muito
menos ao irmão.
- Acho que
estamos perdidos. – sussurra Harry constatando algo que Rose já previa. – Não
tenho a menor ideia onde estamos mais sem duvida alguma, aqui não e a torre
Norte. – explica Harry sem graça em não ter noção alguma onde estava.
- Eu já
sabia disse desde que viramos para a esquerda a três corredores atrás. –
comenta Rose sorrindo.
- E porque
não me falou nada? – questiona Harry chateado.
- Achei que
você sabia o caminho por isso não lhe comuniquei que o Lago Negro está a nossa
direita o que significa que estamos na ala sul do castelo, ou seja, bem longe
de onde deveríamos estar. – comenta Rose se divertindo com a cara de espanto do
irmão ao ver o grande lago que se estendida pelo território lateral.
- Você e
impossível, ate hoje não entende como podemos ser gêmeos, e sermos tão
diferentes. – resmunga o garoto irritado seguindo o caminho que havia feito
ainda pouco só que na direção inversa.
- Mais você
me ama do jeito que eu sou. – fala Rose gargalhando da cara raivosa do irmão
quando ela solta esse comentário.
- Acho
melhor correr se não quiser chegar atrasada na sua primeira aula de
adivinhações. – reclama Harry caminhando apressadamente.
- Não fica
irritado. ‘Cicatriz’, você não teve culpa de termos errado o caminho ate a Torre
Norte. – comenta Rose dando tapinhas na costa do irmão para confortá-lo e
tirar-lhe a culpa pelo erro cometido.
- Mais você
deveria ter percebi pelo menos o lago, já que sendo um ‘quatro olhos’ enxergar
melhor do que eu, que só tenho dois. – fala Rose sorrindo travessa e correndo
logo em seguindo ao ver o olhar assassino que o irmão lhe lança.
E com isso a
jovem correm em dispara pelos corredores do castelo tendo irmão seguindo-a de
perto, enquanto gritava uma torrente de ofensas contra a mesma. A menina se
divertia com tudo isso, pois há um tempo não tinha um momento tão descontraído
com o irmão como esse que estavam tendo. Em pouco menos de 15 minutos os dois
chegaram à Torre Norte extremamente esbaforido, e completamente descomposto. Rose
estavam com os cabelos totalmente desgrenhados e apontando para todos os lados
mesmo presos em um rabo de cavalo. Harry estava com as mãos sobre os joelhos
tentando recuperar o fôlego após a exaustiva corrida.
- Eu deveria
lhe dar umas boas tapas. – reclama Harry já recuperado ajeitando a roupa que
estava fora do lugar devido à corrida.
- É mesmo
senhor Potter? E o que o impede? – questiona Rose lançando um olhar desafiador
para o irmão.
- O que me
impede? – questiona Harry com um semblante raivoso ao encarar o olhar
desafiador da irmã.
- Sim o que
o impede de me bater? – rebate Rose querendo ver ate que ponto o irmão iria.
- O fato de
você ser minha irmã, e eu te amar muito. - explica o garoto ficando a
centímetros de Rose e encarando com um olhar de fúria. - Mesmo você sendo uma
cabeça de vento. – comenta Harry sorrindo ao ver a cara de espanto de Rose após
a sua súbita aproximação e a suposta ameaça de agressão que ele havia deixado
pairando no ar.
- Bom pra
mim, pois eu não ligo pra isso. – fala Rose dando uma tapa estalado no ombro do
irmão que a olha estarrecido com a ação cometida. – Agora chega de falação e
vamos para aula, pois já estamos muito atrasados.
Comenta a
menina puxando a corda que estava ao lado da lustrosa placa de bronze aonde
jazia escrito o nome em caligrafia fina:
“Sibila Patrícia Trelawney – Professora de Adivinhação”. Logo após a corda
ser puxado uma minúscula portinha de aonde ainda pouco era exibido à placa com
o nome da professora dera lugar a um pequeno alçapão de aonde descia uma escada
metálica e envelhecida. Rapidamente os irmãos subiram por ela chegando enfim à
aula de adivinhações.
Ao entrarem
na sala os gêmeos se espantou com o local. De longe aquela era a sala mais
esquisita de toda a Hogwarts. Uma sufocante fumaça rosa em conjunto com uma
embaçada luz avermelhava causavam uma sensação claustrofóbica ao lugar. A
decoração era totalmente fora de contexto: cruzes de madeiras estavam
penduradas em todas as janelas, sendo as mesas selada com um estranho pano roxo
metálico a qual Rose desconfiava ser couro de ararambóia[1],
pufes coloridos grudados nas paredes como se alguém conseguisse se sentar horizontalmente.
Um conjunto de prateleiras com diversos tamanhos encobriam o restante da parede
repleta de frascos estranhos contendo desde penas de pássaros como uma pena de
Fawkes que estava mergulhado num liquido azulado, como um rosto humano que se
movia ao redor do vidro dando uma volta completa em torno do mesmo e sempre
parando de frente para os alunos com um olhar macabro.
Rose não
gostou nadinha daquela sala e já estava arrependida de ter escolhido essa
matéria, pensando seriamente em abandoná-la se possível naquele mesmo instante.
Mais antes que a garota consiga sair ouvi uma voz meio afônica saindo por entre
as chamas da lareira que estava ao fundo da sala.
- Bom dia meus
caros, e maravilhoso finalmente encontrá-los nesse plano terreno. – cumprimenta
a professora de adivinhação.
Não restava
duvidas para ninguém que Sibila Trelawney
era a professora mais estranha que Hogwarts já tivera. A bruxa usava óculos quadrados
em um tom forte de amarelo-canário, um vestido longo e floral num tom
verde-musgo com enormes flores rosa-pink feitas com lantejoulas, que estava
sendo arrastado pelo chão se nenhuma preocupação do mesmo ficar sujo ou
rasgado. Um xale de lã cinza chumbo que cai pelos ombros tendo como enfeite nas
postas um conjunto de contas roxas brilhantes. Sem contar os adereços como
diversos cordões em cores e tamanhos diferentes que adornavam o seu fino
pescoço e os diversos anéis com pedras enormes que enchiam os seus dedos
impossibilitando de ver os longos e enrugados dedos da professora.
- E
fabulosos ver que tantos jovens optaram por Adivinhação, a mais complexa entre
as artes mágicas, pois diferente de DCAT e Poções vocês não precisarão apenas
de coragem e inteligência para compreendê-la. Para se praticar a nobre arte da
adivinhação e necessário enxergar com os olhos da alma e escutar a sua voz
interior. – comenta a professora andando pela sala e falando como se não
tivesse mais ninguém ali além dela mesma.
- Poucos bruxos
são agraciados com o magistral dom da Clarividência[2].
Dom esse que os possibilita ver o futuro. Muitos bruxos talentosos que
conseguem através de cheiros e ruídos vencerem as suas batalhas são facilmente
derrotados por um bruxo (a) clarividente. Por isso vos digo os livros não
seriam úteis em minha aula, pois seu conteúdo nos ajudara muito pouco. –
termina de falar a professora se virando para os alunos pela primeira vez.
‘Acha que a
Hermione não gostou muito de ouvir isso’. Sussurra Rose para si mesma.
- Você minha
cara, prevejo que o encontro com seu pai não será exatamente como espera. –
fala Trelawney encarando Electra fixamente.
Rose que
assistia a tudo atentamente sente um frio na espinha ao ouvir a previsão da
excêntrica professora. A jovem não entendera como sua melhor amiga poderia se
encontrar com o pai sendo que Electra tinha mencionado diversas vezes que era
órfão assim como Rose e Harry.
- Vou lhes
ensinar a maravilhosa arte de adivinhação através da leitura de folhas de chá, linhas
de mãos, bolas de cristal e outras linhas míticas. Mais infelizmente não serão
aulas assim tão produtivas, pois em fevereiro muitos serão acometidos por uma
forte gripe que assolara o castelo e antes da Páscoa alguém nessa sala deixara
o nosso convívio para sempre. – comenta a professora em um tom de voz macabro
enquanto pegava com a maior delicadeza um bule de chá.
Rose olha
para Harry, apreensiva após mais uma predição agourenta da lunática professora.
Não só os Potter estavam assustados com as palavras de Sibila como os demais
alunos. Diversos burburinhos começaram a surgir na sala fazendo o clima de medo
e apreensão ser ainda maiores entre os jovens.
- Agora se
possível gostaria que formassem duplas e sentassem, e de preferência formem um
em circulo ao redor da sala. – pediu Sibila calmamente enquanto beberica um
pouco de chá.
Rapidamente
os jovens se separaram formando as duplas pedidas pela professora, Rose
pretendia escolher o irmão mais antes que pudesse fazer alguém Harry já estava
sentado ao lado de Ron, assim como Electra ao lado de Neville a jovem Potter
olhava para os lados atrás de alguma companhia quando viu que suas únicas
opções era Seamus Finnigan ou Pansy Parkinson. De primeiro instante Rose
decidiu por Seamus mais logo depois a menina lembrou-se do fato que em todas as
aulas Seamus terminava queimado, pois conseguia explodir qualquer coisa em que se
toca, sendo ela inflamável ou não. A jovem Potter ainda não entendia como o
garoto conseguia esse feito. A contra gosto Rose se encaminhou em direção a
Pansy que fez uma careta num misto de desgosto e nojo ao vê-la se aproximar.
- O que você
que Potter? – questiona Pansy fingindo indiferença a presença de Rose.
- Para a sua
tristeza e meu desgosto, você foi à única aluna que sobrou o que indica que
teremos que fazer dupla. – explica Rose sem vontade alguma de ficar ao lado de
Pansy.
Pansy olha
para todos os lados tentando ver se tinham alguma opção além da jovem Potter a
sua frente, mas como Rose já havia avisado só restavam elas duas.
- Pois muito
bem Potter, sente-se ai e se possível não me dirija à palavra. – resmunga Pansy
apontando para a almofada marrom-alaranjado na sua frente.
Rose a
encara de forma irritada, mais nada diz, a jovem percebeu que quanto menos
fala-se com Pansy melhor seria para a sua saúde metal e proporcionalmente para
integridade física da jovem Parkinson. Em poucos minutos o circulo estava
completo, cada aluno na sala tinha o seu respectivo par o que fez Sibila
prosseguir com suas explicações. A professora passou por entre as mesas e
depositou uma generosa quantia de chá nas xícaras de cada um dos alunos.
- Agora
vocês beberam todo o chá que despejei em suas xícaras em um único gole deixando
apenas a borra dentro delas. Depois tapem a xícara com a mão esquerda e sacuda
três vezes em seguida virem ela sobre os pires deixando escorrer todos o
restante de chá que ainda sobrara, esperem ate cair a ultima gota em seguida entregue
para os seus parceiros. – explica Trelawney passando entre os alunos de forma
avoada.
- Os parceiros
deverão analisar os desenhos formados e verificá-los no livro Esclarecendo o Futuro nas paginas 5 e
6. – comenta Sibila se sentando num canto da sala, mais antes da um ultimo
aviso. – Mocinha afaste-se dele se não quiser ter seus cabelos queimados. –
fala a professora apontando para Daphne Greengrass sentada ao atrás de Simas.
A jovem
Greengrass arredou seu pufe um pouco, e como predito em pouco menos de um
minuto a xícara de Seamus explode em seu rosto como a professora já havia
avisado Daphne e Blásio Zabini,
que estava fazendo par com a jovem slytherin arregalam os olhos ao verem as
pontas dos cabelos loiros da garota levemente chamuscada devido a algumas
faíscas que conseguiram alcançá-la.
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